E seu destaque — pelo menos o positivo — continuaria sob o capô em 1997, quando a Ford retrabalhou o antigo V6 3,0 para se adaptar a novas normas de controle de poluição da Califórnia, que permitiram classificá-lo com um veículo de baixas emissões. A melhoria, no entanto, não impediu que o Taurus caísse para o terceiro lugar em vendas entre os automóveis, atrás do Toyota Camry e do Accord. Em 1998, as versões G e GL foram aposentadas e a SE convocada a voltar ao batente. O antigo V6 passava a ser a oferta básica de propulsor, tanto do SE quanto do LX. O SE tinha uma opção Sport, com o V6 Duratec e um defletor traseiro. Outra pequena alteração de estilo era o friso que dividia a grade dianteira da linha naquele ano, lanternas com lentes claras no lugar do tom âmbar e bolsas infláveis de duplo estágio.

O SHO foi o Taurus que mais combinou com as novas formas, pelo aspecto esportivo; sob o capô, um V8 de 3,4 litros e 235 cv, mas sempre com caixa automática

Acostumado a premiações e topos de lista, o Taurus conquistou um importante reconhecimento quando, em 1999, recebeu a cotação máxima (cinco estrelas) de segurança do governo americano em testes de impacto frontal. Antes a versão mais luxuosa, o LX vinha de série com bancos individuais na frente e console. Mas era o SE o único a oferecer o V6 Duratec naquele ano. Para 2000 a Ford tratou de redesenhar o Taurus, na tentativa de apagar a má impressão deixada desde a linha 1996.

Como substituir um mito   Os faróis em forma de losango arredondado, o maior espaço para cabeça no banco de trás e o porta-malas nitidamente empinado eram as mais evidentes características do Taurus para o novo milênio. O vidro traseiro tornava-se retangular e o interior estava mais convencional, sem tantos elementos ovais. Os dois V6 continuavam as opções mecânicas, ao lado do câmbio automático de quatro marchas, e o mais manso agora rendia 155 cv. Por outro lado, devido às baixas vendas, o SHO não voltou a constar no catálogo. E com ele foi-se o V8... Continua

Os conceitos

Mesmo sendo futurista de nascença, o Taurus foi base para alguns carros-conceito apresentados sem grande alarde pela Ford. Um deles é o Santa Fe, acima, perua com visual fora-de-estrada criada em 1997 e apresentada no Salão de Tóquio. Tinha tração nas quatro rodas, o motor V8 do SHO, suspensão elevada, pára-choques robustos, estepe na parte externa do porta-malas e bagageiro com mala e iluminação sobressalente no teto.

O Taurus SHO Rage de 1999, quando a ovalada geração estava prestes a ser remodelada, tinha os mesmos componentes mecânicos da versão esportiva de série, mas com um visual mais nervoso. Não era nada exagerado — rodas esportivas, pára-choque dianteiro com entradas de ar mais amplas, vidros bem escuros e era todo na cor vinho. Seu V8 rendia 330 cv de raiva (rage, em inglês).

O Taurus Supercharged, mostrado no SEMA Show de 1999, adaptava um compressor ao V6 Duratec para produzir 255 cv e 33,1 m.kgf — valores que superam todas as versões de série do carro. Tinha alterações mecânicas para comportar todo o potencial extra do motor e sua suspensão era rebaixada. Parecia um modelo de produção da época, mas tinha pára-choque dianteiro, rodas e defletores diferenciados. Por dentro trazia detalhes em alumínio escovado.

Muito interessante foi o Taurus Telematics and Safety, ou Taurus T2S, de 2002. Seu foco era a segurança. Com quatro radares, avisava o motorista sobre perigos potenciais, como pontos cegos durante trocas de faixa — e ainda havia câmeras para evitar esses pontos cegos. Um sistema Bluetooth permitia falar ao telefone sem as mãos e existiam outros sistemas que aprimoravam a segurança e o conforto.

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