No ano seguinte, duas versões mais luxuosas ampliaram a oferta: a SES e a SEL. Entre os equipamentos que valorizavam o Taurus estavam sistemas de áudio para seis discos no painel, ar-condicionado automático, bolsas infláveis laterais e pedais com ajuste elétrico. Esforçando-se para manter o carro atraente ao consumidor, a Ford disponibilizou opcionais sem custo extra. Por exemplo, o SE trazia ajuste elétrico do banco do motorista ou toca-CDs, o SES podia vir com teto solar elétrico ou bancos revestidos em couro. O SEL ganhou a versão perua. Controle de tração e retrovisor interno fotocrômico também estavam entre os opcionais.

A reestilização do modelo 2000 amenizou o excesso de ovais, com no vidro traseiro, agora retangular, mas o SHO deixava de ser produzido

Só detalhes mudaram na linha Taurus nos últimos dois anos. Em 2004 veio uma nova grade e retoques na traseira e, em 2005, o anúncio de que o modelo sairia de cena no primeiro trimestre de 2006. Nos últimos meses de produção, seu maior mercado são os frotistas. A maior evidência de que a Ford teve dificuldade de elaborar um substituto para o Taurus é que, numa estratégia um tanto confusa, três produtos devem cobrir sua vaga: o Five-Hundred (que lembra o VW Passat da geração anterior), o correto Fusion e a versátil perua/crossover Freestyle.

Nem de longe qualquer um deles surpreendeu o mercado americano como o Taurus fez há 20 anos. Cerca de 6,7 milhões de unidades foram vendidas desde 1986. Seu melhor ano em vendas foi 1992, logo após o lançamento da segunda geração, quando 409 mil unidades deixaram as concessionárias Ford. Em 2004 foram vendidos 248 mil e uma estimativa de menos de 187 mil carros para 2005 foi apresentada junto ao anúncio do fim da produção do modelo.

A perua acompanhou as mudanças, mas não terá sucessora nas linhas Fusion e Five-Hundred: seu lugar será ocupado pelo crossover Freestyle

A Ford investiu muito nos últimos anos, recuperando boa parte dos mitos que criou ao longo de seus primeiros 100 anos de história. Os atraentes modelos retrô Thunderbird, Mustang e GT que o digam. Só faltou trazer de volta o prazer que era dirigir carros familiares simples, competentes e cheios de carisma como o Ford 1949 e o Taurus. Talvez o segredo não esteja mais em olhar para trás. Além de criatividade genuína, o futuro também pode inspirar uma agradável familiaridade. Com olhos para ele nasceu o Taurus. E é com brilho nos olhos que se assiste a sua trajetória, cujo êxito ainda deve refletir em futuros projetos da Ford.

Ficha técnica
_ LX (1986) SHO (1989) SHO (1996)
MOTOR
Posição e cilindros transversal, 6 em V transversal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2 duplo no cabeçote, 4
Diâmetro e curso 88,9 x 78,7 mm 88,9 x 80 mm 82,3 x 79,5 mm
Cilindrada 2.982 cm3 2.986 cm3 3.392 cm3
Taxa de compressão 9,25:1 9,8:1 10,0:1
Potência máxima 140 cv a
4.800 rpm
220 cv a
6.000 rpm
235 cv a
6.100 rpm
Torque máximo 22 m.kgf a
3.000 rpm
27,6 m.kgf a
4.800 rpm
31,8 m.kgf a
4.800 rpm
Alimentação injeção eletrônica
CÂMBIO
Tipo e marchas automático, 4 manual, 5 automático, 4
Tração dianteira
FREIOS
Dianteiros a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira independente, McPherson
RODAS
Pneus 205/70 R 14 215/60 R 16 225/60 R 16
DIMENSÕES
Comprimento 4,78 m 5,04 m
Entreeixos 2,69 m 2,75 m
Peso 1.300 kg 1.500 kg 1.590 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima ND 225 km/h
Aceleração de 0 a 96 km/h 12 s 7 s 7,4 s

Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade