Um futuro mais oval
A linha 1996 marcou
outra revolução na história do modelo, mais uma vez marcada pelo
desenho. Talvez inspirados pelo logotipo da Ford, os projetistas da
empresa decidiram repetir ao máximo as formas ovaladas por todos os
cantos do carro. Grade, entradas de ar no pára-choque dianteiro, faróis,
conjunto de janelas laterais, retrovisores, maçanetas, luzes de posição
laterais, vidro traseiro, lanternas, painel de instrumentos e sua seção
central com os controles de ventilação, refrigeração e áudio: todos
esses elementos tinham as formas ovóides em comum, tanto no sedã quanto
na perua.
O espanto que a nova geração causou vinha, dessa vez, sem a sensação de
familiaridade e harmonia do projeto original de 1986. A distância entre
eixos crescera seis centímetros e, no comprimento, o Taurus já media
5,01 metros. Ainda assim, tinha menos espaço no banco traseiro e no
porta-malas, em função das formas da carroceria, o que era um
contra-senso. Com rodas esportivas de cinco raios ele até parecia
vibrante, em especial pelo vinco lateral. Mas as adotadas na versão LX,
a única importada para o Brasil — clássicas e cromadas —, davam-lhe um
aspecto um tanto moribundo, com sua traseira descendente. Com volante do
lado direito, mas sem sucesso, chegou a mercados como Japão, Austrália e
Nova Zelândia.
Continua
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