Turbo, mas com torque   No ano de lançamento, quatro versões de um mesmo motor de 2,0 litros — herdado do 99 — eram oferecidas: com um carburador, taxa de compressão de 9:1, potência de 100 cv e 16,1 m.kgf de torque; com dois carburadores, taxa de 9,2:1, 108 cv e 16,3 m.kgf; com injeção eletrônica, a mesma taxa, 118 cv e 16,6 m.kgf; e o Turbo, dotado de turbocompressor, taxa reduzida para 7,2:1, 145 cv e torque de 23,5 m.kgf. Com um sistema de baixa inércia, este último oferecia sua maior força a 3.000 rpm, o regime mais baixo entre as quatro versões, e garantia agilidade ao carro de 1.250 kg: acelerava de 0 a 100 km/h em nove segundos e o levava a 195 km/h.

A mecânica era convencional, mas tinha algo de especial: um motor turbo capaz de entregar bom desempenho mesmo em baixas rotações

A concepção mecânica da linha era simples, com motor longitudinal, tração dianteira e câmbio manual de quatro marchas, havendo opção de um automático para o acabamento GLE. A quinta marcha era introduzida um ano depois. A suspensão dianteira independente usava braços sobrepostos, enquanto na traseira vinha um eixo rígido com barra Panhard. E o freio de estacionamento, como em alguns Citroëns, atuava nas rodas da frente, o que é mais seguro na hipótese de falha do sistema principal — o carro mantém cerca de metade da capacidade de frenagem.

A Saab não demorou a introduzir o 900 no mercado americano, ainda em 1979. Mas teve de efetuar algumas modificações para atender às normas locais de segurança, como os faróis recuados, mais protegidos em colisões, e o tanque de combustível reposicionado e feito em material plástico. Esta alteração levou ao uso de um estepe de uso temporário, estreito, pois a nova posição do tanque não permitia manter o pneu convencional.

O sedã de quatro portas substituiu o hatchback no mercado americano, mas sua traseira em declínio não era das mais elegantes

Em 1981 chegava uma versão três-volumes de quatro portas, o 900 Turbo Sedan, em que o porta-malas em declínio procurava repetir o formato do modelo hatchback. Não era muito elegante, mas oferecia praticidade e bom espaço para bagagem. A preferência dos americanos por sedãs levou a marca sueca a substituir o cinco-portas por ele naquele mercado. Outra novidade no ano eram os pneus Michelin TRX, com aro medido em milímetros — 390, o correspondente a 15,3 pol.

Um ano depois, o motor turboalimentado recebia um importante aprimoramento: o APC, Automatic Performance Control ou controle automático de desempenho. O que o sistema controlava, na verdade, era a pressão máxima do turbo em função da ocorrência ou não de detonação. Em condições ideais e com combustível de alta octanagem, a pressão era elevada para melhor desempenho; se a gasolina fosse inferior ou a situação de uso levasse a "batidas de pino", a pressão diminuía para preservar o motor.
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Em escala

A conhecida italiana BBurago ofereceu, de 1984 a 1990, um modelo 900 Turbo cinza (acima), com decoração de competição, em 1:24. Houve também a versão em 1:43 (abaixo), produzida só até 1987 na cor preta.

A Ministyle produziu a versão mais interessante em termos de estilo, a 900 Turbo Aero 1989, de três portas. Vinha em prata na escala 1:43.

A Wiking Modell fez um 900 de cinco portas em 1:87 (acima) , na cor vinho, mas bastante modesto em detalhes. O modelo da segunda geração foi reproduzido em 1:43 pela alemã Minichamps, na cor preta, com bom nível de acabamento e até teto solar.

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