


A decoração alegre do interior,
de 2+2 lugares no mercado japonês, combinava com a agilidade do motor de
dois rotores, que rendia 105 cv com apenas 1,1 litro


Em 1981 o RX-7 já oferecia teto
solar e bancos de couro na versão mais luxuosa; embaixo, o modelo Turbo
de 1983, restrito ao mercado japonês
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Com tração traseira,
câmbio de quatro ou cinco marchas ou ainda um automático de três, seu
desempenho era surpreendente para a categoria: velocidade máxima de 195
km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. Em maio de 1978 o RX-7
era apresentado aos mercados japonês (como Savanna RX-7) e americano.
Era um cupê de belas linhas, com faróis escamoteáveis e perfil baixo, e
interior simples mas bem desenhado, com painel de formas retilíneas, o
conta-giros em posição central e um pequeno banco traseiro. Era um
2+2, mas nos EUA foi vendido com apenas
dois lugares para permitir a instalação de uma barra atrás dos bancos,
de modo a atender às normas locais de segurança em colisões.
No ano seguinte, a Ford Motor Company adquiria 24,5% das ações da Mazda.
A empresa fortalecia-se e começava ali um período de prosperidade, com a
demanda pelo esportivo superando a produção e sobrepreço de até 2.500
dólares pelos que não queriam aguardar na fila de espera. A previsão
inicial era de vender no mercado americano entre 1.500 e 2.000 unidades
por ano — foram 19.300 em 1978 e 54.800 no ano seguinte!
O RX-7 oferecia dois acabamentos, S e GS, este com câmbio de cinco
marchas em vez de quatro, pneus mais largos e estabilizador na suspensão
traseira. Entre os opcionais estavam ar-condicionado, teto solar, rodas
de alumínio e câmbio automático de três marchas. O revestimento dos
bancos em couro se tornaria disponível em 1980. Uma leve reestilização
era implantada no ano seguinte, com saias mais pronunciadas nos
pára-choques, e a versão GSL trazia os bancos de couro, teto solar e
freios traseiros a disco.
Em 1983 a cilindrada subia para 1.308 cm³ (dois rotores de 654 cm³) no
motor 13B da versão GSL-SE. Com injeção, a potência chegava a 135 cv e o
torque a 18,6 m.kgf, o painel era renovado e o volante de dois raios
dava lugar a um mais esportivo de três. Para lidar com o maior
desempenho, os pneus passavam a 205/60-14 e os freios usavam discos
ventilados nas quatro rodas. Mantendo o motor 12A, a chamada Limited
Edition (edição limitada) vinha apenas na cor prata e com pneus
195/60-14. No mercado japonês chegou a existir nesse ano uma versão com
turbo, como que antecipando o modelo seguinte da série.
A segunda
geração O primeiro RX-7
concorreu com boas condições com Nissan 280 ZX,
Toyota Supra e Porsche 924/944, mas o passar dos anos fez necessária
uma remodelação. O projeto dessa nova geração priorizou as preferências
americanas a tal ponto que o engenheiro chefe Akio Uchiyama entrevistou
proprietários da antiga geração nos EUA, a fim de conhecer seu modo de
vida e o que eles esperavam da evolução de seu carro.
Continua
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