O F-250 Heavy Duty passava a dispor do motor Power Stroke V8 turbodiesel de 7,3 litros, com 210 cv e o massivo torque de 58,7 m.kgf, ideal para aplicações severas. O V8 5,0 ganhava 20 cv com câmbio manual, chegando a 205 cv, e o 5,8 vinha com mais 10 cv. Na linha 1996, apenas a adição de um entreeixos curto para os F-250 Supercab e Crew Cab, ao lado da eliminação do esportivo Lightning, do F-150 Supercab e, mais uma vez, da caçamba Flareside.

Com o F-150 de 1997, a aposta em um estilo mais suave e arredondado; a oferta de cabines, caçambas, motores, câmbios e trações voltava a crescer

Jeito de automóvel   Talvez impulsionada pelo sucesso dos utilitários esporte — como seu bem-sucedido Explorer —, que cativavam pelo conforto em cima dos chassis de picapes, a Ford assumiu o risco de tornar o F-150 mais próximo de um automóvel na geração introduzida para 1997. O novo modelo estava realmente agradável, com linhas bem arredondadas e charmosas. Não tinha, é verdade, a "cara de mau" que muitos procuram nesses veículos, mas isso não impediu seu êxito.

Como antes, a oferta de versões era vasta: cabine simples ou estendida (com uma pequena porta no lado direito, de abertura inversa e sem maçaneta aparente por fora); caçamba normal ou Flareside; acabamento XL, XLT ou Lariat; câmbio manual ou automático; tração traseira ou nas quatro rodas. Mudava também o F-250 para serviço leve; o Heavy Duty e o F-350 não eram modificados.

A versão Supercab inovava com uma pequena porta à direita, aberta em sentido contrário e com maçaneta oculta; os motores V8 de 4,6 e 5,4 litros eram de nova geração

Os três motores eram novos na linha: V6 de 4,2 litros e 202 cv, V8 de 4,6 litros e 231 cv, e V8 de 5,4 litros e 260 cv. Os V8 tinham comando de válvulas no cabeçote e o 5,4 vinha sempre com câmbio automático. A suspensão dianteira enfim abandonava o conceito Twin-I-Beam em favor de braços sobrepostos, para comportamento bem superior, e havia bolsas infláveis frontais de série, podendo a do passageiro ser desativada para o transporte de crianças naquele banco. Outro ganho em segurança era o ABS nas quatro rodas, de série no Lariat e opcional nos outros. Mais tarde viria a série King Ranch, com revestimento interno em couro, rodas de 17 pol e pintura em dois tons. Continua

Sob outras marcas

Além dos picapes com o logotipo da Ford, a Série F foi oferecida por décadas com diferentes emblemas, já que a corporação partilhava essa linha de utilitários com suas divisões. A Mercury ofereceu um modelo diferenciado apenas em detalhes de estilo e de acabamento. O último foi produzido em 1968 (na foto um de 1965).

Em 2002 foi a divisão de luxo Lincoln quem passou a tomar emprestado o F-150. Exibido como modelo conceitual no Salão de Detroit de 1999, o Blackwood (madeira negra) chegou ao mercado três anos depois com acabamento requintado, motor V8 de 5,4 litros e tração apenas traseira. A combinação de preço alto, caçamba pouco utilizável (era praticamente um porta-malas, fechado, vedado e bem-acabado) e ausência de tração 4x4 resultou em vendas modestas e um breve encerramento da produção.

Apesar do insucesso do Blackwood, a Lincoln voltou a apostar em algo semelhante. No evento de Detroit de 2004 apresentou o conceito Mark LT, baseado na atual geração do modelo da Ford, acrescido de rodas de 20 pol, grade com frisos cromados verticais — uma tradição da marca — e adornos em detalhes como as lanternas traseiras. No interior sofisticado, o revestimento em couro inclui até o forro do teto e o painel tem uma iluminação refinada. A mecânica repete a do F-150: motor V8 de 5,4 litros e 300 cv, agora com a importante tração integral. As vendas começaram um ano depois.

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