O F-250 e o F-350 também recebiam roda-livre automática em 1991. No mesmo ano, os picapes com motor V8 5,0 e câmbio automático adotavam um novo sistema de tração integral. Denominado Touch-Drive, usava um comando eletrônico para acionar as rodas dianteiras a um toque do botão no painel. Outras novidades eram as chapas galvanizadas no capô, portas e tampa traseira, para proteção contra corrosão, e o pacote Nite, com rodas e suspensão esportivas.

Tração integral comandada por botão no painel, frente renovada, o retorno da caçamba com pára-lamas salientes: novidades no início da década de 1990

Um rejuvenescimento da frente, sem alterar as formas básicas do picape, era adotado em 1992 para um ar mais moderno. As luzes de direção agora vinham abaixo dos faróis; mudavam também os retrovisores e a tampa da caçamba. No interior, o painel deixava os controles mais à mão e a versão Supercab recebia um amplo console e cintos de três pontos na traseira. Também retornava o estilo Flareside de caçamba, apenas para o F-150 de entreeixos curto.

O mais "quente" picape da série chegava no ano seguinte: o SVT F-150 Lightning, mais um carro esporte que um utilitário, desenvolvido pela Special Vehicle Team (equipe de veículos especiais). O motor V8 de 5,8 litros — o famoso Windsor 351 — tinha componentes do Mustang Cobra, 240 cv e torque de 47 m.kgf, que entregava às rodas traseiras; não havia opção de tração 4x4 ou cabine estendida. A esportividade passava pela suspensão 25 mm mais baixa à frente e 62 mm na traseira, rodas de 17 pol com pneus 275/60, defletor dianteiro, acabamento monocromático, bancos individuais com ajuste de apoio lombar e rádio/toca-CDs. A aceleração de 0 a 96 km/h levava só 7,2 segundos, mas a velocidade máxima vinha limitada a 176 km/h.

A versão esportiva SVT Lightning: motor V8 de 5,8 litros e 240 cv, rodas de 17 pol, suspensão rebaixada

No mesmo ano, o motor de 7,5 litros subia de 230 para 250 cv, mantendo-se o mais potente disponível. Para 1994 as melhorias estavam na segurança: bolsa inflável para o motorista, nos modelos de menor capacidade de carga, e terceira luz de freio. A favor do conforto, estreavam o banco dianteiro tripartido (dividido em 40/20/40), com a parte central basculante para ser usada como porta-objetos, e um toca-CDs. Novo investimento no requinte vinha um ano depois, com a versão topo de linha Eddie Bauer, dotada de pintura em dois tons, controles elétricos e revestimento luxuoso. Continua

Os conceitos
Nos últimos anos, os picapes da Série F serviram de base para algumas interessantes versões conceituais.

Em 1999 era apresentado o Desert Excursion, um picape de cabine dupla e quatro portas com base no utilitário Excursion — não do F-250, pois a caçamba estava integrada à cabine. A proposta de rodar em condições severas levou ao uso de materiais mais resistentes na parte dianteira, pneus bem maiores e suspensão elevada. O motor era V10 de 6,8 litros e 310 cv.

Do mesmo ano é o F-150 Scuba, uma versão aventureira do picape de cabine dupla. Vinha com rodas de 17 pol e robustos pneus 33/12,5-17, suspensão mais alta, motor V8 de 4,6 litros e 220 cv e, no interior, acessórios para mergulho e pesca submarina, incluindo um bote inflável.

Em 2000, com base no F-350 Super Duty, era desenvolvido o conceito Combatt, um modelo de demonstração para as forças armadas americanas. Todo redimensionado, o picape tinha amortecedores com controle eletrônico, molas a ar adicionais e enchimento de bordo para os pneus — todos ajustados por um sistema central conforme as condições de rodagem. Um sofisticado sistema de navegação por GPS não poderia faltar.

Em termos de estilo, o mais ousado foi o F-150 Lightning Rod, de 2001. A carroceria foi toda reestilizada, o teto perdeu 25 mm de altura e as rodas passaram a 20 pol. Nos bancos e na cobertura da caçamba viam-se "tatuagens" da tribo Maori, da Nova Zelândia. O motor V8 de 5,4 litros com compressor rendia 375 cv.

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