Em 1978 o picape ganhava nova grade, faróis retangulares, volante ajustável em altura e o Handling Package, um conjunto para melhor comportamento no asfalto, com novas molas, amortecedores e estabilizador dianteiro, além da opção por pneus radiais. Para o interior, o acabamento XLT Lariat incluía revestimento em tecido macio, apliques no painel simulando madeira e a opção de vidro traseiro corrediço.

Em 1978 as laterais estavam planas, sem o vinco destacado, e a frente adotava faróis retangulares

O Série F estreava a nova década com mais uma ampla remodelação. As linhas estavam mais limpas e retas, sem a frente avançada da carroceria anterior. O interior ganhava espaço, sobretudo para as pernas, e o Supercab usava janelas duplas na seção traseira da cabine para fazê-la parecer mais longa. Havia escolha entre caçamba Flareside e Styleside, mas o motor de 460 pol³ saía de cena por algum tempo, vítima do CAFE e da segunda crise do petróleo (1979).

A alta de preço do combustível levou a diferentes medidas para reduzir o consumo. Em 1981 a Ford anunciava seu picape como o primeiro a atingir 21 milhas por galão (8,8 km/l) de gasolina com motor de seis cilindros e capacidade de carga de 2.530 libras (1.150 kg). A versão V8 passava a contar com sobremarcha no câmbio automático, engatada assim que o veículo atingia 72 km/h, com o mesmo fim de se tornar mais econômica.

Depois da ampla remodelação de 1980, a ênfase no consumo: a Ford divulgava 8,8 km/l com uma capacidade de 1.150 kg na versão de seis cilindros

Em 1982 os acabamentos eram renomeados básico, XL, XLT e Lariat, sem usar o nome Ranger, agora destinado ao picape médio da Ford (leia história). Um ano depois o V8 460 voltava ao mercado, revitalizado, com 245 cv. Quem desejasse melhores marcas de consumo podia, pela primeira vez, optar por um motor a diesel, o V8 de 6,9 litros e 170 cv. Para 1984 o F-150 tornava-se o picape básico, em substituição ao F-100, seguindo-se dois anos sem mudanças expressivas.

Mais e mais potência   Antecipando-se à arqui-rival General Motors, que no ano seguinte lançaria uma nova linha de picapes pesados (igual ao Silverado brasileiro), a Ford renovava em 1987 o Série F, ainda com predomínio de linhas retas. Era o mesmo desenho que chegaria ao Brasil em 1992, com luzes de direção ao lado dos faróis, uma cabine ampla e grandes vidros. O interior ganhava um painel moderno, com jeito de automóvel, e a segurança era beneficiada pelo sistema antitravamento (ABS) nos freios traseiros, uma primazia da Ford nesse tipo de veículo.

Outra nova geração chegava em 1987, com linhas que teríamos no Brasil depois de cinco anos, motores com injeção e interior com jeito de automóvel

Como sempre, a variedade de opções era um destaque. O F-150 podia vir com cabine simples e entreeixos de 2,96 ou 3,37 metros, cabine estendida e entreeixos de 3,52 m e duas opções de cabine dupla, com a mesma medida ou enormes 3,93 m. Havia ainda os modelos pesados F-250, F-250 Heavy Duty e F-350, cinco motores em oferta e câmbios manuais de quatro e cinco marchas e automáticos de três e quatro. O seis-cilindros de 4,9 litros ganhava potência com o emprego de injeção eletrônica, passando a 150 cv. Os V8 de 5,0, 5,8 e 7,5 litros também teriam o mesmo recurso um ano depois, para obter 185, 210 e 230 cv, nesta ordem.

O diesel passava a 7,3 litros e chegava a 180 cv, com um torque ideal para aplicações severas, e em toda a linha o câmbio de cinco marchas tornava-se padrão. No ano seguinte desaparecia a opção de caçamba Flareside. Em 1989, o F-150 de tração integral vinha com roda-livre automática no eixo dianteiro, com opção pelo acionamento manual para quem o preferisse pela confiabilidade; um ano depois a caixa automática ganhava a quarta marcha.
Continua

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