O CAFE e a limitação de consumo |
Um dos grandes responsáveis pelo sucesso dos picapes nos EUA, em
particular nos últimos 30 anos, é o CAFE, Corporate Average Fuel
Economy ou economia de combustível média da corporação. Instaurado
em 1975, o programa buscou reduzir o consumo dos veículos por meio
do controle das médias obtidas pelos fabricantes com seus carros e
utilitários leves.
Quanto mais carros econômicos uma marca vendesse, mais unidades
teria direito a colocar no mercado de um modelo de alto consumo. A
conseqüência não poderia ser outra: as fábricas empurraram goela
abaixo do consumidor modelos menores, menos potentes e de
desempenho insatisfatório, levando-os a encontrar nos picapes o
caminho para atender a seus desejos de torque.
No caso de automóveis, o limite da média por fabricante passou de
7,6 km/l, em 1978, para 11,6 km/l em 1990, ano da última
alteração. Para picapes, por outro lado, o programa só começou a
vigorar em 1979, com um limite de 7,2 km/l, e chegou a 8,7 km/l em
1996, quando o último patamar foi aplicado. Enquanto os carros
tiveram de render 52% mais por litro em 15 anos desde o início do
CAFE, os utilitários só precisaram melhorar em 20,8% sua economia
de combustível... em 21 anos. |
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Um picape em competições?! Isso mesmo: na terra dos utilitários, a
categoria mais popular do automobilismo — a Nascar — possui uma
classe voltada a picapes, só que os veículos usam chassis
semelhantes aos das classes de automóveis. Tratam-se, portanto,
apenas de carrocerias inspiradas na forma dos modelos de rua
Chevrolet Silverado, Ford F-150, Dodge Ram e Toyota Tundra.
Denominada Craftsman Truck Series, a classe foi inserida em 1995.
Os motores V8 de 5,9 litros (o limite de cilindrada pelo
regulamento é de 358 pol3, 5.866 cm3), alimentados ainda com
carburador, desenvolvem ao redor de 700 cv e levam os "picapes" a
cerca de 300 km/h. |
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