Os motores eram os mesmos até a chegada de três novos, em 1965: os seis-cilindros de 3,95 e 4,9 litros (240 e 300 pol³), com potências de 150 e 170 cv, na ordem, e o grande V8 de 5,8 litros (352 pol³) com 208 cv. Os dois primeiros adotavam sete mancais de apoio para o virabrequim, com um ganho em suavidade que levava sua publicidade a falar no "seis que se sente um oito". Maior motor de seis cilindros já feito pela Ford, o 4,9 (em versão evoluída) equiparia nosso F-1000 só três décadas depois!

Ganhos importantes em conforto para 1965: a suspensão independente Twin-I-Beam, "com a rodagem que parece de um carro", e um motor de seis cilindros "que se sente um de oito"

Outra grande novidade estava sob o veículo: a suspensão dianteira independente Twin-I-Beam. O sistema usava dois eixos, cada um com articulação próxima à roda do lado oposto. Com molas helicoidais, trazia conforto de rodagem e estabilidade bastante apreciados àquele tempo, em que o eixo dianteiro rígido era o padrão em utilitários. A publicidade da Ford destacava a inovação com o mote "trabalha como um caminhão, roda como um automóvel". Para comprovar a teoria, em 1966 o fabricante anunciava o teste de uma empresa independente em seu picape e quatro concorrentes. "Com um computador portátil que podia ser movido de um veículo para outro" (imagine o leitor o tamanho do equipamento há 40 anos...), indicara para ele uma rodagem 35% mais confortável.

Na linha 1967 vinha outra ampla reforma. Assumia o estilo que seria lançado aqui em 1971 no F-100, com um vinco saliente por toda a extensão das laterais e formas mais retas. A cabine mais ampla e com grandes vidros melhorava o conforto e, em outro exemplo dessa preocupação da Ford, havia três acabamentos, básico, Custom e Ranger — este com carpete no assoalho e grade cromada. O cuidado justificava-se, pois cada vez mais usuários de picapes faziam deles seu carro de todos os dias, não mais restritos à zona rural ou ao serviço pesado.

Em 1967, um estilo bem conhecido no Brasil, pois foi usado no F-100 e no F-1000 até a década de 1990; os acabamentos Custom e Ranger atendiam aos pedidos de interiores mais confortáveis

No ano seguinte, dois V8 maiores substituíam o 352: o 360, de 5,9 litros e 215 cv, e o 390, de 6,4 litros e 255 cv. Freios dianteiros a disco tornavam-se opcionais nos F-250/350. Em 1969 a Ford lançava o modelo Crew Cab, com cabine dupla, quatro portas e longa distância entre eixos, bem-vindo tanto no transporte familiar quanto no de serviços. A lista de opcionais dos picapes continuava em crescimento: direção assistida, ar-condicionado, vidros verdes, rádio AM, servo-freio. Continua

Em escala

A K-Line tem uma das linhas mais variadas de miniaturas de picapes Ford. Há um modelo de 1934 em vermelho (acima), o F-100 de 1953 na mesma cor e o F-150 de 1995 em preto, todos na escala 1:43 e com razoável acabamento.

O modelo de 1948, o primeiro da Série F, aparece na escala 1:24 pela Liberty Classics, decorado como viatura da Colorado Highway Patrol, a polícia rodoviária desse estado americano.

A Fairfield Mint, um dos fabricantes de miniaturas de alta qualidade, faz um impecável F-100 de 1956, em 1:24, azul. Vem conjugado a uma carreta com um hot rod Ford 1934.

Outra opção da Fairfield é o picape de 1940, verde, em 1:24. O modelo inclui um motor de trator na caçamba e é decorado como os utilitários com que a John Deere fazia suas entregas de motores na época.

A Maisto reproduziu em 1:24 diversas versões: o F-1 de 1948 em cinza claro, o F-150 de 1993 em vermelho, o modelo de 1997 em prata e o F-350 Heavy Duty 1999, com carroceria do tipo plataforma, também em vermelho.

Para quem prefere os modelos mais recentes, o F-150 Harley Davidson de 2003 aparece em 1:18 no catálogo da ERTL, em cinza e preto.

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