Apesar da crítica ao motor, a revista elogiava o conjunto do
automóvel: "É um dos poucos carros nos quais, à velocidade máxima, se
fala comodamente. A suspensão foi estudada de modo excepcional; o
espaço, tanto na frente quanto atrás, é mais que bom; e a direção se
mantém sempre a um nível agradável, sem tolher de modo algum a
sensibilidade do motorista."
No todo, o Ro 80 parecia destinado ao sucesso — mas não demorou a
enfrentar problemas de confiabilidade. Além do alto consumo, o motor
Wankel apresentava desgaste prematuro da vedação dos rotores, o que
gerava perdas graduais de desempenho e exigia ampla reforma do motor
em intervalos curtos, como 50 mil quilômetros. A NSU bem que trabalhou
para resolver os problemas e, na linha 1970, apresentou uma versão
aprimorada, com melhor refrigeração e materiais internos mais
resistentes. Mas o dano à imagem em um carro de seu segmento,
destinado a consumidores exigentes, foi definitivo.
Continua
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