O motor básico era de seis cilindros em linha, 3.277 cm³ e potência de 115 cv a 3.800 rpm. Alimentado por um carburador de corpo simples da marca Autolite, tinha caixa de três marchas, manual ou automática. Sua velocidade máxima era de 155 km/h e, apesar do desempenho modesto, era o mais econômico da linha. Logo acima vinha a opção do famoso V8 com 302 pol³ ou 4.949 cm³, que aqui foi utilizado no Maverick GT e depois no Galaxie. A potência subia para 210 cv a 4.600 rpm. Além da caixa com três marchas, tinha à disposição uma manual de quatro velocidades.

Na linha 1969, algumas alterações de estilo e a mesma mecânica, com até 390 cv brutos em 7,0 litros

Outra opção, com o mesmo motor, mas um pouco mais potente, tinha 230 cv e permitia máxima de 178 km/h. Para um carro que pesava 1.650 kg e media 5,32 metros, não estava nada mal. Começava mesmo a esquentar com o motor 390, de 6.390 cm³ e 265 cv a 4.400 rpm, alimentado por um carburador Holley de duplo corpo. O mesmo 390 também era fornecido com um Holley de corpo quádruplo e 325 cv. A "selvageria" terminava com o 427 de 6.997 cm³ e 390 cv a 5.600 rpm. Nas três últimas motorizações os freios a disco estavam presentes nas quatro rodas, necessários para parar toda a potência. Como novidades havia outros itens de segurança, um deles o volante retrátil.

As primeiras mudanças   Em 1969 recebiam algumas modificações na carroceria. O capô tinha um caimento suave e a grade era dividida em três partes. Os pára-choques envolventes também eram novos. Não havia mais luzes de direção na grade dianteira: estavam inseridas na entrada de ar inferior e nas laterais dos pára-choques dianteiro e traseiro, acima do friso lateral que contornava a caixa de rodas. Atrás tinha lanternas trapezoidais com luz de ré inserida. A motorização permanecia a mesma.

As propagandas da época sempre exaltavam suas qualidades familiares, tanto para o cupê hardtop quanto para o sedã. E o modelo MX Brougham era o líder entre os luxuosos de sua classe. Interessante na Wagon eram as possibilidades de disposição do terceiro banco opcional. Podia tanto ser inteiriço, voltado para trás, quanto lateral, em posição perpendicular aos da frente. Também a abertura da tampa traseira era pouco ortodoxa: em duas partes, como quase todas as peruas – tampa para baixo, vidro da parte superior para cima –, ou para o lado, como uma porta convencional para a entrada de passageiros. E havia muito espaço no imenso compartimento de bagagem. Os bancos dianteiros vinham com encosto para a cabeça e como opcionais havia ar-condicionado e rádio AM-FM estéreo.

Em 1970 o carro ganhava nova carroceria. As linhas estavam bem curvas, tanto se visto de perfil quanto de frente. Nesta parte havia um bico exagerado e os faróis, escamoteáveis, escondiam um pouco o impacto. A versão de quatro portas não tinha coluna central. No conjunto não agradou. No fastback o impacto era menor. Era quase a mesma carroceria do Mercury Cyclone. Chegava a confundir os "fordistas" sobre qual modelo era. Continua

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