As versões 250 usavam um motor de seis cilindros em linha e 2,5 litros, derivado do 2,2 da série anterior, com maiores diâmetro e curso e virabrequim de sete mancais para funcionamento mais suave. Atingia potência de 130 cv, com dois carburadores (versão S), ou 150 cv com injeção mecânica de combustível (SE). Os 300 S e SE mantinham o 3,0-litros desenvolvido para o "Gull Wing", também seis-em-linha, com bloco e cabeçote de alumínio, injeção e 170 cv.

No álbum de família, seis gerações da linha de topo da estrela: 300 "Adenauer" de
1951, Fintail de 1959 e os modelos Classe S lançados em 1972, 1979, 1991 e 1998

No 300 SE a suspensão não mais adotava as molas pneumáticas da geração Fintail, recurso que retornaria só no 300 SEL, de distância entre eixos mais ampla (de 2,75 para 2,85 metros), em março de 1966. Esse modelo alongado era identificado como W109. Mas toda a linha trazia uma mola auxiliar hidropneumática no eixo traseiro, que permitia compensar a aplicação de peso e retomar a altura de rodagem original. Freios a disco nas quatro rodas e rodas de 14 pol eram novidades.

Em novembro de 1967 a linha ganhava uma opção intermediária — o 280 S, SE e SEL — com uma versão de 2,8 litros do motor 2,5, de produção menos custosa que o 3,0 de alumínio. Desenvolvia 140 cv com carburador (S) e 160 cv com injeção (SE e SEL), este último também aplicado ao 300 SEL. O ponto alto da série, contudo, era atingido dois meses depois com o 300 SEL 6.3, dotado do mesmo V8 de 6,3 litros e 250 cv da limusine 600 e que atingia desempenho espantoso para a época (leia história).

A versão de topo 6.3, de 250 cv, era o supra-sumo do desempenho e da
sofisticação técnica, mas até o motor de 130 cv oferecia boas sensações ao volante

À parte essa versão cara e exclusiva, surgia no Salão de Frankfurt de 1969 outra opção de grande potência: o 300 SEL 3.5, indicação do emprego de um V8 de 3,5 litros e 200 cv, com injeção eletrônica Bosch. Com suspensão semelhante à do 6.3, atingia 200 km/h com todo o conforto e muita estabilidade. O propulsor, mas não a suspensão, se tornaria disponível para o 280 SE em março de 1971 — já vinha equipando os 280 cupê e conversível havia algum tempo. Continua

Nas pistas
O Classe S em competições?! Isso mesmo: em 1985 e 1986, um 350 SE da geração W116 participou de ralis na Alemanha, com o motor V8 de 200 cv e câmbio automático. Embora despojado de outros itens supérfluos, permanecia um carro grande e pesado demais para esse tipo de aplicação e não obteve sucesso. Ao menos era o mais confortável dos competidores...

Bem antes dele, em 1970, a AMG (então ainda independente e não controlada pela Mercedes, como hoje) desenvolveu três sedãs 300 SEL da geração W109 para correr a 24 Horas de Spa. O V8 de 6,8 litros com preparação especial desenvolvia 370 cv e o peso ficava em 1.700 kg. Como a largura dos pneus era limitada pelos pára-lamas, como previsto em regulamento, os enormes carros apresentaram problemas de soltura da banda de rodagem, pelo esforço excessivo, e a Mercedes optou por sair da prova. Mas no ano seguinte o Classe S voltava a Spa, com mais potência (398 cv) e menos peso (1.635 kg), nas mãos da própria equipe AMG, e conseguia o segundo lugar.

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