Os entusiastas apontam essa como a melhor versão do GS produzida, pois conseguiu reunir um visual intimidador e excelente desempenho, o que garantiu boas vendas. Nesse ano o GS 455 fora responsável por 11,1 mil unidades, sendo que 8,4 mil eram fastbacks e 1,4 mil conversíveis. Já o GS 350 tinha vendido 9,9 mil unidades, o dobro do ano anterior.

Com novas normas de emissões, catalisadores e gasolina de menor octanagem, o GS perdia potência em 1971, um duro golpe nos motores de alto desempenho americanos

Para 1971 não só o GS, mas todos os carros dessa categoria, sofreram um duro golpe. O governo americano criou leis que obrigavam os fabricantes a reduzir os níveis de emissão de poluentes. A situação era pior na Califórnia, que já detinha a maior frota do país, onde foram obrigados a atender a uma legislação específica. Até mesmo marcas estrangeiras passaram o oferecer carros exclusivos aos californianos. Desse modo, tornavam-se disponíveis duas versões de motor, a "Califórnia" e a "49-Estados".

As medidas passavam por diminuir a taxa de compressão, instalar catalisadores e, em conseqüência, passar a usar combustível de menor octanagem, pois a gasolina não mais podia conter chumbotetraetila. As novas normas fizeram com que os motores perdessem potência drasticamente: o GS 350 caiu de 315 para 260 cv, e o GS 455, de 350 para 315 cv. No pacote Stage 1 a perda fora de apenas de 15 cv. Para tentar amenizar a situação, já que seu único modelo esportivo estava enfraquecendo, a Buick, assim como outros fabricantes, decidiu investir no conforto e itens estéticos, insuficientes para conter a queda de vendas. Nesse ano foram apenas 9 mil unidades, sendo só 10% conversíveis. Muitos americanos estavam mantendo seus carros usados em vez de comprar os novos modelos amordaçados.

A versão GS 350 perdia 55 cv: começava sua transformação em um carro grande e sem esportividade

Em 1972 o governo passou a exigir que os fabricantes divulgassem a potência líquida no lugar da bruta. Na prática o carro desenvolvia o mesmo desempenho, mas a perda visível nos dados declarados abalou os compradores. O GS 350 passou a amargurar 195 cv; o GS 455 despencou para 225 cv, e o Stage 1, para 270 cv. A rejeição do consumidor agravou ainda mais as vendas, que caíram para 8,5 mil unidades.

O declínio   Na história dos muscle cars, 1973 foi um ano dramático, devido a questões políticas, ambientais e macroeconômicas. Como esses carros eram muito poluentes e beberrões, o governo americano os via como um problema eminente naquela situação geopolítica. A crise do petróleo, devido ao embargo da Opep, fez o valor do barril atingir cotações estratosféricas, com pico de US$ 40 (atualizados), e o preço da gasolina disparou. Sem contar a legislação sobre emissões, que a cada ano estava mais rígida, e a campanha das companhias de seguro pela extinção desses carros, que se envolviam mais em acidentes graves que os de menor desempenho. Continua

Para ler
Buick Muscle Cars - por William G. Holder, Phillip Kunz e Bill Holder; Motorbooks International; 128 páginas. O GS está entre os "carros musculosos" da marca abrangidos por esse livro, que chega ao modelo Riviera Supercharged da década de 1990 (foi publicado em 1996), publica anúncios da época e tem mais de 80 fotos coloridas. Inclui a participação da marca em competições.

Guide to Buick Gran Sports, America's ultimate GS by Buick - The facts and figures book
- por Steven L Dove; editora J.T. Moss; 257 páginas. Publicado em 1988, concentra-se na série GS.

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