Na versão de entrada o motor de quatro cilindros em linha e 1.290 cm³, com duplo comando no cabeçote (que era de alumínio) e câmeras hemisféricas, gerava potência de 89 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 12 m.kgf. Era alimentado por um carburador de corpo duplo Solex. A caixa tinha quatro marchas e a tração era traseira. Esse Alfa chegava à velocidade máxima de 155 km/h. A versão TI diferenciava-se logo à primeira vista pelos quatro faróis circulares. Mais potente, tinha 1.570 cm³, 106 cv e 14,8 m.kgf. Pesando 50 kg a mais, chegava à máxima de 165 km/h e trazia uma caixa de cinco marchas. A suspensão tinha rodas independentes na dianteira, com braços em trapézio, e eixo rígido na traseira, sempre com molas helicoidais. Com estabilidade muito boa, era calçado por pneus 155-15.

Giugiaro, então na Bertone, foi o autor do belo cupê de 2+2 lugares Giulia Sprint GT, cujas linhas ainda hoje são atraentes

Para acompanhá-lo era lançado, em 1963, um cupê muito atraente, com linhas que nasceram das mãos de Giorgetto Giugiaro, que na época trabalhava para Nuccio Bertone. Seu nome de batismo era Giulia Sprint GT, mas ficou mais conhecido como cupê Bertone. O esportivo 2+2 não lembrava em quase nada o irmão de ares mais familiares. Era bem mais baixo, com 1,31 metro de altura; media 4,08 m de comprimento e pesava 950 kg. Oferecia boa visibilidade para um cupê e linhas angulosas, mas muito agradáveis. Pelo perfil mais baixo do teto, os passageiros de trás, além de fazer alguma ginástica para entrar, não podiam ser muito altos.

O cupê compartilhava o motor do sedã TI, mas tinha à disposição dois carburadores duplos Weber DCOE ou Solex 40, o que elevava a potência a 121 cv. A velocidade máxima passava a 180 km/h e os freios a disco estavam presentes nas quatro rodas. Custava 25% a mais que a versão TI do sedã. Por dentro, outra tradição era o belo volante de madeira. A alavanca de câmbio, levemente inclinada para trás, tinha ótima pega e estava posicionada alta e perto do volante, como em todo Alfa. O motorista instalava-se muito bem, com ótima posição de dirigir. O painel tinha boa instrumentação e contava com conta-giros e termômetro de óleo. O acabamento era correto. A criticar, a posição dos pedais de freio e embreagem, que não eram suspensos.
Continua

Os especiais
A Carrozzeria Colli, empresa de Milão fundada em 1932, foi famosa por alterações em modelos de série. Produziu, de 1965 em diante, a interessante perua Giulia Colli Promiscua, baseada no sedã Giulia 1600. Já havia feito o mesmo trabalho com a linha Giulietta. Foram apenas 11 exemplares fabricados, que tinham o mesmo comprimento do modelo de origem. Era até interessante. A mesma empresa já fizera transformações de estilo muito atraentes em modelos anteriores da Alfa Romeo, como o 6C 2500 SS.
Outra proposta com base no Giulia, mais elaborada, foi o Giulia Sprint SS Speciale Coupé Bertone, um esportivo com clara inspiração no modelo Disco Volante. Com linhas muito arredondadas e aerodinâmicas, tinha apenas dois lugares. Produzido de 1962 até 1966, foi desenhado pelo estúdio Bertone e tinha o motor de 1.570 cm3 e 112 cv. Chegava aos 200 km/h, pesava 950 kg e media 4,12 metros de comprimento. Muito raro hoje, é comum vê-lo em concursos de elegância. No mínimo pitoresco e pouco ortodoxo, mas também um autêntico Alfa Romeo.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade