Embora fossem menos potentes do que os 400 de 1970, os novos 455 possuíam maior torque em baixas rotações, bem ao gosto americano. E seu desempenho não decepcionava: 0 a 96 km/h em 5,9 s, quarto-de-milha em 13,9 s. Em 1972 ocorria uma queda generalizada nas vendas de todos os "musculosos" da GM, pois a produção não dava contar de suprir a demanda: a fábrica responsável por Firebird e Camaro foi paralisada por uma greve de 174 dias.

Junto da grade "caixa de ovos", o Firebird 1972 vinha com o motor V8 455 Super Duty, montado à mão, que fornecia 310 cv -- agora potência líquida

Ainda na lista de novidades para 1972 estavam a grade em estilo "caixa de ovos" e um novo pára-choque dianteiro, além das famosas rodas Honeycomb. Os dados de potência passavam a ser declarados em valores líquidos em vez de brutos. A mudança desanimava os potenciais consumidores: o V8 350 passava a dispor de apenas 150 cv, enquanto que o 400 estacionava nos 250 cv — ainda que esses valores significassem algo como 50% a mais se comparados aos brutos. Mas o pássaro de fogo ganhava a opção do 455 Super Duty, mesma denominação que a Pontiac utilizava no início dos anos 60 em motores de competição.

Todos os motores 455 SD eram montados à mão, com bloco reforçado, dois parafusos por capa de mancal, comando de válvulas especial, pistões de alumínio, válvulas enormes e coletores de escapamento dimensionados. Geravam 310 cv líquidos, embora alguns especialistas garantam que a potência chegava aos 370 cv. Essa omissão do verdadeiro rendimento do motor, que não era novidade nos EUA, parece ter como objetivo não chamar muita atenção das companhias seguradoras e do governo, que a cada dia trabalhavam mais contra os "carros musculosos".

O Trans Am 1973 (à esquerda) ostentava no capô um vistoso emblema com o "pássaro
de fogo", talvez o mais famoso já estampado no capô de um carro americano

Com o SD, o Firebird se tornava um legítimo — e o único — carro americano de competição 100% legalizado para andar nas ruas. E firmava a imagem de esportividade da Pontiac, na época em que todos os carros do gênero agonizavam. Apenas 252 Trans Am e 43 Formulas receberam os motores SD. O Trans Am passava em 1973 a ostentar o que deve ser o mais famoso emblema já estampado no capô de um carro americano: um enorme pássaro de fogo que dominava o capô, gerando muita polêmica entre os fãs. Mau gosto ou não, as vendas reagiram bem naquele ano. Continua

Em escala

O Firebird de 1970 está disponível pela Ertl (acima), na série American Muscle, em escala 1:18. É azul com interior branco. A Johnny Lightning também o oferece, mas em tamanho menor (1:24) e na cor branca.

O Trans Am de 1977 da mesma Ertl vem em quatro cores — azul, dourado, vermelho e branco —, sempre com interior preto e na escala 1:18. O teto com painéis removíveis (T-Top), o interior, o adesivo no capô e o grande motor de 6,6 litros são reproduzidos com boa qualidade.

O Trans Am preto de 1979, com interior bege e também em 1:18, aparece no catálogo da Yat Ming. O adesivo e o teto targa estão presentes e o interior é bege.

A última geração do Firebird é feita também pela Ertl, parte da série American Muscle Weekend Warriors. Trata-se de uma versão dragster, feita para competições de arrancada, com pneus traseiros largos e altos e estrutura interna de proteção. É vermelho com interior cinza, em 1:18.

Da mesma época, mas em versão normal de rua, é o modelo em 1:24 da Motormax, vermelho com acabamento interno em bege.

E não poderia faltar uma miniatura do KITT, o Trans Am preto do seriado Knight Rider (Supermáquina para os brasileiros; leia boxe). A Ertl o reproduziu em 1:18, com interior bege e bom detalhamento, que chega ao esquema de luzes piscantes seqüenciais na frente.

FS

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