A ligação volante-caixa de direção (tipo pinhão e cremalheira) era hidráulica, e não mecânica. A alavanca de câmbio, na coluna de direção, tinha o botão de ignição. O pedal do freio consistia apenas de um botão no assoalho, cuja dosagem de aplicação dependia apenas da pressão sobre ele. No velocímetro havia uma escala com a distância de parada para cada velocidade e a chave de ignição ficava à esquerda, como em alguns Peugeots e nos Porsches.

Com notável aerodinâmica (Cx de 0,34), o DS 19 conseguia bom desempenho do modesto motor de 1,9 litro e 75 cv, além de consumo e nível de ruído bem abaixo da média

Eram muitas surpresas num automóvel amplo, que transportava com total conforto cinco passageiros. O DS media 4,80 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 1,47 m de altura, mas o que mais saltava à vista era a descomunal distância entre eixos: 3,13 m. E sem que isso implicasse deficiência para manobrar: seu diâmetro mínimo de curva era 11 metros, igual ao de um Fusca, por exemplo.

Na semana de lançamento, a imprensa francesa e européia o explorou o quanto pôde – e não só a especializada. Foi capa do famoso semanário Paris-Match com a bela estrela italiana Gina Lollobrigida ao volante.
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O ID 19 era um DS simplificado no acabamento e na mecânica, como a embreagem convencional. Com a mesma suspensão, fez sucesso em aplicações que exigiam um carro de grande vão livre do solo
Em escala
O DS foi feito em boa variedade, sobretudo pelas indústrias francesas de miniaturas.

A Husky vendia muitas no Brasil na década de 1960. Fez uma perua Safari na cor dourada, escala 1:60. Também a Siku vendeu aqui anos atrás, na mesma escala da Husky, um DS 23 azul com bancos vermelhos.

Na escala 1:43 a Solido francesa fez a coleção Route National 7, com modelos famosos e populares das décadas de 1950 e 1960. O DS sedã, preto com teto branco ou verde-claro com teto preto, é muito detalhado e bem-acabado. Também nas versões táxi, bombeiro, conversível (acima) e do Rali de Monte Carlo. Fez ainda modelos na escala 1:16, muito bem acabados.

A Vitesse, competente fábrica de miniaturas de Portugal, fez várias versões do DS. Na escala  1:43 foram os modelos DS 19 1956, policial, bombeiro, Rali de Monte Carlo 1959, Safari Africa D'est 1965, em edição limitada, e o "Pompieri Di Parigi" de 1961. Não menos curioso é o carro do general De Gaulle, com teto aberto e o presidente acenando, como em um desfile (acima).

A franco-britânica Dinky Toys fez modelos muito caprichados nas décadas de 1950 e 1960. São valiosíssimos se bem conservados e acompanhados da caixa.

A Mafma (Provence Moulage) francesa faz miniaturas quase artesanais que beiram a perfeição, como os cupês Le Dandy (acima) em várias cores na escala 1:43. Vêm sobre uma plataforma de madeira. Outra opção é o cupê de rali Grupo 5, muito bem detalhado.  A Quiralu francesa também caprichou na escala 1:43. Fez um ID 19 Break ambulância.

A Rio, empresa de origem italiana, também fez belas miniaturas das versões sedã e perua, em várias decorações em 1:43. Acima uma ID 19 Break de 1958. A FunRise americana fez, na escala 1:60, o modelo do filme De Volta para o Futuro II. Vale como lembrança.

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