O sucesso do inovador Citroën chegou às corridas – no asfalto, na
terra, na lama e na neve. Teve grande êxitos em ralis europeus e
transafricanos. Obteve o 1º. lugar na classificação geral do Rali
de Monte Carlo de 1959, foi campeão europeu do mesmo ano e 2º. na
categoria turismo do mesmo rali em 1961, além de 2º. no
Rali Argélia–Cidade do Cabo. Em 1962, o famoso piloto francês Paul
Toivonen venceu com ele o Rali da Finlândia e o da Escandinávia.
No ano seguinte era campeão francês e belga em ralis de turismo.

Em 1969 o DS foi 1º. lugar
na classificação do grupo 5 do Rali TAP-Portugal. Dos 120 carros
inscritos nesta prova, só seis passaram pela linha de chegada. Era
equipado com motor de 2,5 litros e 190 cv. Liderava também o Rali
Londres–Sydney em 1968 quando, depois do último posto de controle,
foi abalroado por um Mini que literalmente entrou em sua traseira.
Haviam se passado 16.000 quilômetros e 250 horas de volante para
os pilotos.
Em 1960, um francês chamado René Cotton se encarregava de preparar
os DS para vários tipos de competição. Ele preferia os ID por
terem um câmbio mais curto. Dez anos depois, por causa de sua
competência, a fábrica entregou a ele vários protótipos que
estavam sendo testados para um futuro Citroën esportivo. Serviram
de base para o SM. Como ele morreu um ano depois, sua esposa
passou a ser responsável pelo Serviço de Competições da Citroën e
o desenvolvimento do projeto.
O modelo tinha 53 centímetros a menos que um DS normal. Era um
cupê e as rodas de |

trás foram descobertas. O
capô era em alumínio e os faróis protegidos por grades. Tinha
ainda imensos protetores de borracha, tipo pára-barro, só que à
frente das rodas dianteiras, presos no pára-choque; traseira
truncada, teto mais baixo e pára-brisas inclinado. Preparado para
participar de corridas do Grupo 5, o carro ficou muito estranho,
até bizarro (acima).
Seu motor de 2,5 litros gerava 190 cv a 6.000 rpm, alimentado por
dois carburadores de duplo corpo Weber 48 IDA. A velocidade máxima
beirava os 220 km/h. A suspensão era a mesma, mas com esferas
especiais para manter uma altura maior do solo. Ficou em 6º. lugar
no Rali TAP de 1972, participou também do Rali de Bandama e da
prova da Costa do Marfim. Um carro muito interessante, que está
guardado com carinho num museu da casa.
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