Nova geração   Oito anos depois do primeiro modelo, aparecia no Salão de Genebra de 1998 a segunda geração do Clio. Inspirada nos conceitos Argus e Ludo, a Renault aplicou linhas curvas a todas as partes do desenho, da extremidade do capô ao vidro traseiro, cuja parte superior chegava a distorcer a imagem no retrovisor interno. Continuava um carrinho simpático, mas agora integrado às tendências de estilo de seu tempo. O comprimento crescia para 3,77 metros e a distância entre eixos chegava a 2,48 m. A renovada concorrência incluía Fiat Punto, Citroën Saxo, as novas gerações do Corsa e do Polo e, poucos meses depois, o Peugeot 206.

Mantendo a identidade do anterior, o Clio de segunda geração ficava bem mais arredondado; havia novos motores e recursos como o pára-brisa que refletia o calor

A linha de motores compreendia os de 1.171 cm³ e 60 cv, 1.390 cm³ e 80 cv, 1.598 cm³ e 90 cv (novo, com comando de válvulas no cabeçote) e o mesmo com 16 válvulas e 110 cv, todos a gasolina e com injeção. A diesel havia o de 1.870 cm³ com turbo (80 cv) ou sem (65 cv). Entre as novidades técnicas estavam câmbio automático que se adaptava ao modo de dirigir, freios ABS em várias versões, pára-brisa com partículas de prata e titânio em seu interior (para refletir o calor), bolsas infláveis frontais e laterais. A suspensão traseira adotava um conceito mais simples, de eixo de torção. No Salão de Frankfurt de 1997 o presidente mundial da Renault, Louis Schweitzer, já havia anunciado a futura produção dessa geração no Brasil.

Apenas seis meses após sua estréia no mercado, o Clio aparecia no Salão de Paris em um formato inusitado: com motor de seis cilindros no lugar do banco traseiro! De início um carro-conceito, o Clio Sport V6 usava o motor de 3,0 litros e 24 válvulas do Laguna, preparado para render 250 cv, e tinha tração traseira. Os pára-lamas de trás bem mais largos, com tomadas de ar, não deixavam dúvidas sobre a intenção de lembrar o R5 Turbo dos anos 80, também com motor central e alto desempenho. Era 171 mm mais largo e 55 mm mais baixo que outros Clios.

Sem primar pelas linhas da traseira, mas com um excelente espaço de bagagem, o Clio três-volumes surgia em 1999, destinado a países em desenvolvimento

Rodas de 17 pol, pára-choques esportivos, duas saídas de escapamento e bancos de couro completavam o conjunto. A Renault, contudo, anunciava que o V6 não seria produzido em série — destinava-se apenas às competições do Renault Sport Trophy, em substituição ao carro esporte Spider. A versão de corrida tinha 30 cv a mais e 100 kg a menos, para uma excelente relação peso-potência de 3,9 kg/cv.

Enquanto isso, a oferta de motores crescia. O de 1.149 cm³ e 60 cv substituía o de 1.171 cm³ e mesma potência; o de 1.390 cm³ ganhava versão de 16 válvulas com 90 cv. A mesma opção seria aplicada em 2000 ao motor menor, resultando em 75 cv. No segundo semestre de 1999 aparecia o modelo de três volumes, pela primeira vez na linha Clio. Como sedãs desse porte não fazem sucesso na parte mais desenvolvida da Europa, a Renault optou por sua produção na Turquia, onde se chamava Symbol. Usava motores 1,4-litro de oito e 16 válvulas e oferecia um excelente porta-malas, para 510 litros — o dobro do hatch.
Continua

Pelo mundo
O Clio hatch tem esse nome em quase todo país onde é vendido. A exceção é o Japão, onde se chama Lutécia. Já o o Sedan no mercado de origem — a Turquia — e na Rússia é denominado Symbol, mas na Polônia recebe o logotipo Thalia (também uma deusa grega, como Clio). Caso mais curioso é o do México, onde a Renault preferiu ceder o três-volumes à sócia Nissan, que o vende com o nome Platina. A não ser pela frente, modificada para adotar o novo emblema, o carro é semelhante ao nacional, incluindo o motor 1,6 16V.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade