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Em 1955 sofria a primeira mudança de carroceria, no modelo chamado Continental S1. O estilo fastback ficava menos pronunciado, por causa dos novos pára-lamas traseiros, e a aparência tornava-se mais equilibrada, bonita e elegante. Os pára-lamas dianteiros estavam um pouco mais altos, e a grade do radiador, um pouco mais baixa. Tinha discretos frisos laterais à meia altura e outros debaixo das portas. A carroceria era feita pela também famosa Park Ward.

Também era apresentado um cupê com três volumes distintos, denominado Sports Saloon (sedã esportivo). Atrás havia uma pequena protuberância, que não chegava a ser um rabo-de-peixe. Este detalhe não era tão apreciado na Europa, mas o seria nos Estados Unidos, onde o Bentley era bem vendido. Uma versão conversível foi lançada também pela Park Ward. Era um carro muito bonito, talvez o mais belo da gama, discreto e charmoso. Os ingleses o chamavam de Drophead Coupé. Com ou sem a capota de lona, era admirável e mantinha o nível de conforto dos demais.

O motor crescia e ganhava potência: tinha agora 4.887 cm³ e estimados 170 cv a 4.500 rpm, com dois carburadores SU HD6. Era oferecida a opção entre a caixa automática de quatro marchas, fornecida pela General Motors, e a manual com alavanca na coluna de direção. Usava pneus 8,00-15 e alcançava a máxima de 195 km/h. Por dentro o novo painel mantinha a quantidade de instrumentos, mas, em vez de espalhados no painel como no modelo S, estavam agrupados atrás do volante. Alguns tinham a visão prejudicada por causa do seletor da caixa automática. Continua

Nas telas

Em 2002 foi lançada a comédia dramática S1m0ne, que no Brasil se chamou Simone. O grande Al Pacino interpreta Viktor Taransky. Também estão a bela Winona Ryder, que faz Nicola Anders, e Darnell Williams, que é o diretor de um estúdio. Taransky é um cineasta cujo projeto de um filme é cancelado depois que a principal personagem, uma estrela famosa de Hollywood, pede demissão. Em crise, ele entra em contato com um gênio de computadores que "cria" a atriz virtual S1m0ne (abreviatura de Simulation One). Em um passeio entre os estúdios e em outras cenas ele dirige um belo Continental S3 Chinese Eyes marrom (foto).

Na série Hart to Hart (Casal 20 na televisão brasileira) estava um dos casais mais chiques e simpáticos das telas: Jonathan Hart (Robert Wagner) e Jennifer (Stefanie Powers). Fez muito sucesso entre 1979 a 1984. Eles tinham uma bela casa e grandes automóveis. Um deles era um raro Bentley Continental conversível 1956, que apareceu em poucas cenas, mas era inesquecível.

No filme Thomas Crown (The Thomas Crown affair), de 1999, estrelado por Pierce Brosnan e a bela Rene Russo, um Bentley Continental branco de quatro portas aparece em várias cenas. É a refilmagem de um clássico de 1968 estrelado por Steve McQueen. Belos carros, belas mulheres, belas paisagens e histórias interessantes.

Para ler

Bentley Continental, Corniche & Azure - por Martin Bennett. Conta a saga do Continental desde 1951, dos tipos R, S1, S2 e S3, passando pelo Corniche, o Continental conversível, os cupês R, S e T e chegando até o Azure. Tem 224 páginas e por volta de 300 fotos. A bela capa mostra o perfil do primeiro modelo e daquele fabricado entre 1991 e 2003. É uma boa referência.

Original R-R & Bentley 1946-65 - por James Taylor. Na capa está um belo conversível da série S2. Detalha muito bem a linhagem produzida entre 1955 e 1965 dos S1, 2 e 3 e seus produtores de carrocerias, que foram Mulliner, Park Ward e James Young. O livro, de um competente autor de mais de 40 títulos, traz 300 fotos, fichas técnicas, testes e detalhes de construção em 160 páginas.

Rolls-Royce Silver Spirit & Silver Spur, Bentley Mulsanne, Eight, Continental, Brooklands & Azure - por Malcolm Bobbitt. Em 192 páginas é contada a história dos carros das duas marcas ingleses, detalhando a produção, a técnica e a evolução. Tem cerca de 250 fotos.