Se a máquina do tempo
existe, ela esteve durante o feriado de Corpus Christi rondando cidades
históricas de Minas Gerais. Lá foi realizado, de 19 a 22 de junho, o
Brazil Classics Fiat Tour 2003, um rali de regularidade — ou melhor, de
raridades — com 41 automóveis antigos em estado original. A condição
para participar era ter mais de 25 anos de fabricação.
“É a primeira vez no Brasil que se faz um rali de carros antigos de
longa duração, nos moldes da Mille Miglia [competição de antigomobilismo
realizada na Itália desde 1927]”, diz o jornalista Boris Feldman, um dos
organizadores e também participante — seu carro na prova era um
Mercedes-Benz 280 SL, ano 1970.
O reide saiu da praça da Liberdade, em Belo Horizonte, passou por
cidades que estavam no epicentro da história do Brasil no século 18,
como Congonhas, São Brás do Suaçuí, Prados, Tiradentes, São João del
Rei, Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco e Mariana, chegando a
Ouro Preto, após cerca de 600 quilômetros. E não é que os “velhinhos”
não fizeram feio?
Os carros foram divididos em categorias: A (fabricados até 1930), em que
os vencedores eram conduzidos por um Ford Roadster 1929; B (de 31 a 45),
na qual concorreram dois modelos, tendo como vencedor o presidente do
Veteran Car Club de Minas Gerais, Otávio Pinto de Carvalho, com um
Packard Convertible 1937; C (de 46 a 60), na qual o destaque foi um
Chevrolet Corvette 1960; e D (de 61 a 78), que teve como vencedor outro
Corvette, um Stingray 1971. Continua
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Ford Roadster 1929, o vencedor da
categoria A (carros fabricados até 1930)
O Packard Convertible 1937 venceu
na categoria B (de 1931 a 1945)
Corvette 1960, vencedor
da categoria C (de 1946 a 1960)
Rolls-Royce Phantom V 1967: um
dos destaques pelo estado de conservação |