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Carros do Passado

O fantasma de todas as óperas

A Rolls-Royce construiu uma série de carreira longeva e
que fez muito sucesso entre ricos e famosos: o Phantom

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A mais aristocrática das fábricas de automóveis surgiu em 1904, quando Sir Charles Stuart Rolls, piloto e concessionário de carros, uniu-se ao engenheiro e industrial Frederic Henry Royce. Hoje instalada na cidade inglesa de Crewe, a marca tornou-se símbolo de perfeição e qualidade esmerada.

Em 1925 iniciava-se uma de suas séries de maior sucesso. O primeiro Phantom (assombração em inglês) era o substituto do pioneiro modelo Silver Ghost (fantasma de prata), com o qual partilhava muitos itens mecânicos. Tinha um motor dianteiro de seis cilindros em linha, válvulas no cabeçote, um carburador da própria marca, cilindrada de 7,7 litros e cerca de 100 cv. Era muita potência para uma carro daquela década. Pesava 2.900 kg e sua velocidade máxima era de 135 km/h.

Um Phantom I de 1933: seis cilindros, 7,7 litros e cerca de 100 cv, muita potência para aquela época

Era o automóvel mais luxuoso da época em todo o mundo. E também demonstrou muita robustez e qualidades mecânicas até então não conseguidas. Uma de suas vantagens era ter quatro freios, o que não era muito comum. O modelo roadster produzido entre 1925 e 1926 era um carro belíssimo. A famosa atriz sueca Greta Garbo era proprietária de um cupê de 1927 que tinha um pára-brisa bastante baixo.

Fato interessante é a que Rolls teve uma unidade fabril nos Estados Unidos, na cidade de Springfield, estado de Massachusetts. Alguns Phantom I foram produzidos lá e equipados com carrocerias produzidas por fabricantes americanos, sendo que um dos mais competentes era a Brewster.

Um modelo conversível de 1925, seu primeiro ano de produção. O Phantom I foi fabricado também nos Estados Unidos com carrocerias de empresas locais

O primeiro modelo oferecia uma versão cupê conversível muito bonita, com pára-brisa dividido, estepe fixado no pára-lama dianteiro esquerdo e todos eles, muito estreitos e de grande diâmetro, cobrindo belas rodas raiadas fixadas por um só parafuso central. Nos pneus, grossas faixas brancas estavam na ordem do dia. A frente longa, com a tradicional grade do radiador, fazia conjunto harmonioso com a traseira que no final, antes do pára-choque, tinha um luxuoso baú removível para transportar a bagagem. Com as estradas tão empoeiradas da época, era uma pena sujá-lo. Continua

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Data de publicação: 21/2/04

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