A história é feita de decisões que envolvem escolhas e renúncias, e no caso da carroceria do novo "Lambo", a renúncia veio primeiro que a escolha. A Carrozzeria Touring de Milão, que havia desenhado os primeiros modelos da Lamborghini, não fechou contrato devido a questões financeiras. Então veio a escolha: Ferruccio foi a Turim e bateu à porta da renomada casa Bertone. Nuccio Bertone, com o projeto nas mãos, convocou o jovem desenhista Marcello Gandini, de apenas 25 anos, que acabara de ser contratado pela empresa, para desenhar o novo modelo de Sant'Agata Bolognese. |
Marcello Gandini, com apenas 25 anos, desenhou um carro esporte que se tornaria uma lenda: o Miura, aqui visto no molde de madeira construído antes das carrocerias de aço |
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Logo em seguida,
Gandini começou a esboçar os primeiros traços do esportivo.
Inspirou-se nas linhas frontais e traseiras do GT40, assim como o De
Tomaso Vallellunga e o Ferrari 250 LM. Com menos de seis meses para o
Salão de Genebra, Wallace, Gandini, Dallara e os demais responsáveis
pelo projeto trabalharam noite e dia, alternando entre os galpões da
fábrica e o departamento de desenvolvimento da Bertone. Foi construído
até um modelo da carroceria em madeira antes da versão definitiva em
chapas de aço. |
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No Salão de Genebra de 1966 nascia o Miura P400, com linhas belíssimas e inovações técnicas que garantiriam seu espaço entre os mais famosos supercarros do século |
A reação do público foi imediata: o carro era um dos mais belos esportivos já criados, ofuscando o brilho de modelos como o De Tomaso Mangusta e o Alfa Romeo Duetto. Com linhas fluidas, limpas e inovadoras, o novo Lambo seduziu a todos, atraindo olhares de homens como Colin Chapman e Enzo Ferrari. Era a glória de Ferruccio: finalmente ele havia criado um verdadeiro GT, que superava o estilo dos Ferraris. Continua |
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