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Poucos veículos atingiram tantos cantos do planeta, não raro
produzidos sob licença por outras empresas, como o Jeep. Além do
brasileiro, estes foram alguns dos modelos que o mundo conheceu:
Argentina - O Jeep foi montado no país vizinho pela
Industrias Kaiser Argentina (IKA), com componentes importados e
motor nacional, desde 1956, passando à produção local anos
depois (na foto a primeira unidade). Tinha motores de quatro e seis cilindros e uma versão
perua: a Estanciera, similar a nossa Rural. Nos anos 70 a
fábrica foi vendida à Renault, que o tirou de linha.
Austrália - A Willys Motors Austrália importava
componentes para montar o Jeep, de 1958 a 1968. O mercado não
justificava uma produção local, dada a grande concorrência do Land Rover inglês e dos produtos japoneses.
Colômbia - A Willco (Willys Colombia) até pouco tempo
fabricava o Jeep em versões variadas, com entreeixos curto e
longo, carroceria de picape sem caçamba e até um pequeno furgão.
Coréia do Sul - A SsangYong começou a fabricar na década
de 80 uma versão local do CJ-7, mas sem utilizar o nome Jeep.
Chamava-se Korando e oferecia entreeixos de 2,39 e 2,88 metros,
com motor diesel de até 2,5 litros. Em 1998, absorvida pela
Daewoo, a marca lançou um sucessor com linhas arredondadas e até
simpáticas, mas sem o carisma e a robustez do modelo clássico.
Espanha - Depois de importar o utilitário por sete anos,
a Viasa (Vehículos Industriales y Agrícolas, S.A.)
passou em 1960 a produzir o CJ-3 B sob licença. A versão alongada CJ-6 também foi fabricada, assim como modelos com motor diesel
Perkins. Em 1985 a empresa passou ao controle da Nissan, que
mais tarde o tirou de produção.
França - A empresa local Hotchkiss o produziu sob licença
nos anos 50 e 60, incluindo a versão militar M201. Os modelos
civis eram chamados de JH-101, JH-102 e HWL (de entreeixos
longo). Em 1970 a empresa fechou e vendeu o maquinário para a
Viasa espanhola.
Holanda - As forças armadas holandesas utilizaram Jeeps
de 1952 a 1996, fabricados pela DAF (empresa que lançou o
primeiro CVT; leia história) e pela
Nederlandse Kaiser-Frazer, ou NEKAF.
Índia - A Mahindra é famosa por fabricar o Jeep até hoje.
Começou montando conjuntos importados, na década de 60, logo
após nacionalizados. Para contornar o preço da gasolina, adotou
motores diesel da International Harvester e da Peugeot. Versões
civis e militares, com teto de lona ou rígido, peruas e picapes
foram produzidos. Um dos modelos atuais é o Rakshak (na foto), blindado
por uma empresa de Israel para o exército indiano.
Japão - Quem imaginaria que a Mitsubishi produziu
localmente o Jeep, de 1953 até 1998? O J20 era derivado do CJ-3 B
da Willys, com versões de entreeixos curto, médio e longo,
motores a gasolina e a diesel e uma variação perua (foto), idêntica à
antiga Station Wagon americana, que com outra frente foi nossa
Rural.
México - A Willys Mexicana S.A. iniciou a fabricação de
Jeeps, peruas e picapes da linha em 1950. Quinze anos depois a
Vehiculos Automotores Mexicanos (VAM), formada em associação com
a AMC e a Kaiser americanas, lançava outros utilitários.
Absorvida pela Renault em 1982, o Jeep era descontinuado quatro
anos depois.
Suécia - Importado pela Scania-Vabis de 1945 a 1964, enfrentava o frio nórdico em versões de teto rígido e de
lona. Uma versão fechada (foto), de linhas arredondadas, foi feita com
uma adaptação da empresa Karla, em 1954.
Turquia - A Türk Willys Overland, estabelecida em 1954,
fabricou o primeiro veículo turco — um Jeep. O modelo era
similar ao CJ-3B americano.
Fabrício Samahá |
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