Apesar do pouco êxito do Jeepster, o Jeep esportivo lançado em
1948, a AMC seguiu seu conceito básico ao desenvolver um modelo
conceitual em 1970, o Idea Jeep. A partir do chassi de um CJ-5,
aplicou uma carroceria de plástico com estilo que lembrava um
bugue, esportivo e sem portas. Sem ter resultado em um modelo de
série, o conceito teve um fim inesperado quando o furgão que o
transportava incendiou-se em um acidente.
Em 1977 era apresentado o Jeep II, um conceito visando à
economia de combustível, tão relevante após a primeira crise do
petróleo (1973). Era 60 cm mais curto e 23 cm mais baixo que o
CJ-5 da época, mas não foi adiante: a marca, que ainda não havia
sido absorvida pela AMC, não tinha recursos para produzi-lo.
Nos últimos anos a Chrysler vem mostrando, em diversos salões
mundiais, aquilo que talvez seja o Jeep do futuro. Começou com o
Icon, em 1997, que interpretava bem as linhas do utilitário com
um toque de modernidade. Tinha uma estrutura tubular fixa, mas
as portas eram removíveis e o pára-brisa podia ser rebatido. As
rodas eram de 19 pol, e o motor, um quatro-cilindros de 2,5
litros com câmbio manual.
No ano seguinte, no Salão de Detroit, era apresentado uma nova
proposta de Jeepster, com linhas bastante esportivas, embora sem
perder o vínculo com o modelo tradicional. A suspensão,
independente nas quatro rodas, possuía ajuste de altura em uma
escala de 10 cm, enquanto o motor V8 de 4,7 litros antecipava o
que seria adotado no Grand Cherokee em 1999. O painel trazia um
monitor com sistema de navegação e os pneus, montados em rodas
de 19 pol, eram de mobilidade estendida (podem rodar mesmo
furados).
Também em 1998 era mostrado o Jeep Ultimate Rescue, apenas um
Wrangler com equipamentos que ampliariam sua capacidade
fora-de-estrada e de resgate: compressor para enchimento dos
pneus acionado de bordo, sistema de navegação, telefone e
instrumentos adicionais.
A Jeep voltaria a ousar no Salão de Detroit de 2001, com o Jeep
Willys, que resgatava até mesmo o nome original, sem dúvida uma
homenagem justa e merecida ao bom e velho soldado americano. Com
certa semelhança ao Jeepster de 1998, trazia carroceria de
plástico injetado, estrutura em alumínio, motor de 1,6 litro com
compressor e 160 cv, rodas de 20 pol e pneus com sistema PAX em
medida 235/840 R 560, capazes de rodar mesmo furados.
Uma evolução desse modelo, com teto rígido em vez de a céu
aberto, foi o Jeep Willys 2, no Salão de Tóquio em 2001. Com o
mesmo motor do Willys, exibia rodas de 21 pol com pneus GoodYear
235/65.
Fabrício Samahá |





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