Best Cars Web Site
Carros do Passado

Apesar de muitos acharem que o 101 (medida em polegadas do entreeixos, correspondente a 2.565 mm) utilizava o mesmo chassi da perua Rural, isso não é verdade. A perua tinha entreeixos de 104 pol, 2.640 mm (2.050 mm no Jeep CJ-5). Essa lenda foi criada pois o CJ-6 tinha quase as mesmas dimensões da Rural, além de compartilhar muitas peças da perua: ambos eram equipados com rodas de aro 15 pol, pneus tipo cidade e campo e calotas, e não rodas de 16 pol com pneus tipo militar como no CJ-5.

CJ-6, 101, Jipão, Bernardão: várias denominações para a versão alongada do Jeep, que oferecia opção entre duas e quatro portas e até seis lugares

No Salão do Automóvel de 1962 a Willys apresentava outro modelo interessante, mas que infelizmente nunca passou da fase de protótipo: o Saci, versão brasileira do Jeepster americano (saiba mais), que tinha a intenção de atrair o público jovem.

Ainda disposta a conquistar esses clientes, a Willys lançava uma série especial do modelo CJ-5, denominada Jeep Jovem, em 1967. Trazia duas lanternas traseiras, em vez de uma, bem como novos pára-choques, capa no estepe, uma capota conversível de fácil manuseio e bancos mais anatômicos. Dois anos antes o câmbio passara a ter a primeira sincronizada, e em 1966 recebera roda-livre automática, alternador em vez do dínamo e novo volante.

Em 1967, uma tentativa de conquistar novos segmentos de mercado: o Jeep Jovem, à direita, com melhor acabamento e bancos anatômicos

Em 1968 o modelo passava ser fabricado pela Ford e, com aquisição da Willys-Overland por ela, era denominado Ford Jeep. A primeira evolução era a coluna de direção da Rural, com o miolo de ignição e partida nela. Talvez por não ter sido bem aceita, a solução foi revertida em dois anos, voltando a chave para o painel.

Nos anos posteriores o valente carrinho teve outras mudanças, como a inclusão em 1976 do motor de quatro cilindros, 2,3 litros, 90 cv de potência (ainda bruta) e 17 m.kgf de torque, usado também no Maverick. Junto dele vinha o câmbio de quatro marchas. A versão a álcool, lançada em 1981, é hoje em dia muito rara.

Curiosidade: um Jeep de seis rodas, construído por uma concessionária Ford na década de 70 em exemplar único

Versatilidade sempre foi à palavra de ordem no Jeep, mas houve uma versão ainda mais prática que não entrou em produção em série: um CJ-5 de seis rodas. Um protótipo foi construído por uma concessionária Ford no sul do País na década de 70 e só existiu essa unidade, que ninguém sabe onde está e se ainda roda. No entanto, circula pelo Rio de Janeiro outro Jeep com adaptação semelhante, utilizado em transporte de turistas.

Em abril de 1983 o Jeep se despedia do mercado. Um dos motivos alegados era que as baixas vendas não estavam compensando os custos de produção. Todavia, passados 20 anos desse encerramento, ainda é possível ver os valente Jeeps na ativa, seja nas mãos do Exército, que ainda o utiliza em sua frota; dirigidos pelos jovens aventureiros, que saem às trilhas nos fins-de-semana; ou em simples atividades na zona rural.
Continua

Carros do Passado - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados