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Carros do Passado

O 409 foi uma resposta da Chevrolet ao último motor então lançado pela Ford, o famoso 390, derivado do 352 da família FE (cuja versão de topo seria o 428 Cobra-Jet do Mustang GT 500 KR de Shelby). O 409 nada mais era do que o velho 348 do SS básico com maiores diâmetro e curso. Virou coqueluche e foi o estopim da corrida entre GM, Chrysler, Ford e AMC pelo V8 mais potente do mundo, que durou até 1970.


O Impala SS de 1961: bancos individuais, câmbio no assoalho, conta-giros na coluna de direção e a opção do motor 409 V8, de 360 cv brutos

Ainda hoje é reverenciado como um dos mais famosos big blocks (motores de bloco grande) americanos, encontrando a glória nas pistas retas da NHRA (National Hot Rod Association). Serve ainda para ratificar seu sucesso a homenagem prestada pela banda Beach Boys com a canção 409, onde um jovem da época narra as virtudes do venerado motor. Apesar dos prestígio do Impala, os rodders americanos acabavam preferindo o Bel Air com o mesmo V8 por ser mais leve.

Sobre o Impala SS 1961 há uma história curiosa. Com os apenas 453 carros produzidos nas concessionárias, prontos para venda (alguns já vendidos), todos foram misteriosamente recolhidos para a fábrica. Depois de alguns meses, apenas esses 453 (sendo 142 com o novo motor 409 e 311 com o conhecido 348) foram vendidos e nenhum mais foi produzido. Por esse motivo, muitos não consideram esse como o primeiro Impala SS e sim o 1962
inclusive a própria GM.

Na linha 1962 era possível ter o pacote SS também no Impala conversível, mas com qualquer motor, até mesmo o 3,8-litros que aqui equiparia o primeiro Opala

No ano seguinte, a versão SS estava disponível para o cupê e o conversível, mas a motorização poderia ser qualquer uma: do simples seis-em-linha de 230 pol3 (3.768 cm³, desta vez o mesmo do Opala) até o devastador 409 V8 com dois quadrijets Carter AFB e 409 cv brutos. As diferenças de chassi — pneus, suspensão, freios — oferecidas para a linha SS passavam a ser opcionais. Vinha ainda com bancos individuais e um console que dividia o habitáculo dianteiro em dois ambientes.

Em 1963, o cupê de duas portas não mais era oferecido para a versão Bel Air, o que tornaria o Impala ainda mais popular. Um novo motor ainda mais forte estava disponível, o Z-11, com 430 cv. Muitos julgam que fosse capaz de gerar 500 cv, sendo declarados "apenas" 430 para enganar as seguradoras, que nunca olham carros esportivos com bons olhos. Apenas 55 foram construídos, todos destinadas aos clientes preferenciais através do sistema COPO (Central Office Production Order, ordem de produção do escritório central).
Continua

Nas pistas
De 1961 a 1963 o Impala era presença garantida nas corridas de Stock Cars nos EUA, a NASCAR. Seu concorrente direto era o Ford Galaxie, em geração anterior à vendida aqui. Ambos duelavam na versão cupê, com motor V8 de alta cilindrada e extensamente preparado. Na pista de Atlanta, uma das mais rápidas, chegavam a fazer 210 km/h de média.

por Francis Castaings

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