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Carros do Passado

Em mercados de exportação, como Canadá e Europa, fazia sucesso o motor turbodiesel de 2,1 litros, com os mesmos câmbios do 2,8. Fornecido pela Renault, que detinha 46,6% do capital acionário da AMC desde 1980, foi oferecido nos EUA por pouco tempo, já que a gasolina barata nunca estimulou a procura pelo diesel no país.

Mesmo nome, dois modelos: a versão de topo do Cherokee era a Wagoneer, embaixo, mas continuava no mercado a antiga geração como Grand Wagoneer, em cima

A renovação do Cherokee trouxe uma situação curiosa: havia uma versão mais luxuosa denominada Wagoneer (com laterais simulando madeira e os motores 2,1 diesel, 2,5 e V6 2,8), mas permanecia o Grand Wagoneer da geração antiga, com suas linhas ultrapassadas e os motores de 4,25 e 5,9 litros. Mesmo nome, dois veículos muito diferentes em idade e porte — o que aconteceu até 1991, com a extinção do veterano modelo.

O acabamento Laredo do Cherokee chegava em 1985, com grade cromada, rodas de alumínio e interior mais luxuoso que o do Pioneer. Vinham também encostos de cabeça dianteiros e controle remoto da trava das portas. No ano seguinte, o motor 2,5 passava a usar injeção eletrônica, chegando a 117 cv, e era disponível o pacote fora-de-estrada denominado Off-Highway Vehicle, com pneus 225/75-15, suspensão reforçada e mais alta, relação de diferencial mais curta e proteções inferiores.

O motor de seis cilindros e 4,0 litros trouxe desempenho bem superior ao Cherokee, visto aqui na versão Briarwood, com acabamento lateral que simula a madeira das antigas peruas

Os motores, porém, ainda não atendiam ao gosto americano por acelerações rápidas e sem esforço. O problema só seria resolvido com o seis-cilindros em linha de 4,0 litros, 177 cv e 30,9 m.kgf, da própria Jeep, lançado em 1987 em substituição ao V6 2,8 da GM. Era possível arrancar de 0 a 96 km/h em nove segundos, marca expressiva para o tipo de veículo, e rebocar até 2.200 kg. Um câmbio automático de quatro marchas e controle eletrônico aposentava o de três, o manual de quatro marchas era eliminado e o motor 2,5 passava a 121 cv.

Ainda nesse ano, o acabamento Limited agregava requinte com itens externos em cores contrastantes, rodas na cor dourada, bancos de couro, controle elétrico para quase tudo e bom sistema de áudio. Era disponível só com cinco portas (a versão de três vinha um ano depois) e motor 4,0. Os utilitários esporte estavam, em definitivo, assumindo o lugar dos carros em muitas garagens americanas.

Revestimento em couro, controle de velocidade, comandos elétricos: o interior do Cherokee 1992 exibia o refinamento de um bom automóvel

As versões com tração integral permanente e seis cilindros ofereciam em 1989 freios com sistema antitravamento (ABS) opcional, que operava mesmo com a tração integral em uso — ao contrário dos de outros fabricantes. A direção assistida se tornava de série no modelo básico e o tanque de combustível passava a 76 litros. No final da década o V8 de 5,9 litros, agora com injeção eletrônica, era introduzido no Grand Wagoneer em versão Limited.

Dois anos depois os motores 2,5 e 4,0 do Cherokee ganhavam injeção multiponto: o primeiro passava a 130 cv e 20,7 m.kgf, e o outro, a 190 cv e 31,1 m.kgf. Surgiam o acabamento Briarwood, com rodas raiadas e decoração lateral simulando madeira, e o Sport de cinco portas, desaparecendo o Pioneer.
Continua

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