O cupê tinha farta área envidraçada e suas colunas finas colaboravam para o visual leve, limpo e plácido. Era o perfeito contraponto para o desenho musculoso do GTO, sem no entanto chegar a brigar com o irmão mais nervoso. Mas se engana quem pensa que isso significava desempenho frouxo: seus 250 cv a 7.500 rpm ofereciam invejável vivacidade. O chassi era semelhante ao do GTO e as regulagens feitas sob encomenda podiam até deixar o Lusso em pé de igualdade com o mais poderoso dos 250.

No interior aconchegante do Lusso, os curiosos velocímetro e conta-giros centrais. Sob o capô, o V12 de três carburadores fornecia 250 cv

O motor tinha três carburadores Weber 36 DCS e taxa de compressão de 9,2:1. A caixa era de quatro marchas, e os freios, a disco hidráulicos. No mais, quase todas as características de sempre. Ocupava o que seria a posição intermediária na linha 250, entre a esportividade explícita do GTO e a luxuosa elegância do 2+2. Até a chegada do 275 GTB, em 1964, foram construídos 350 exemplares — um para cada dia de funcionamento da fábrica nesse período.

Fechando com chave de ouro a história desse grande esportivo, os fãs do automobilismo puderam se entusiasmar com duas versões. Primeiro o 250P (protótipo), elaborado para a 24 Horas de Le Mans de 1963. Seu V12 era central e produzia 310 cv a 7.500 rpm, com 9,5:1 de compressão e carburação sêxtupla Weber 38 DCN.

No 250P, construído para a 24 Horas de Le Mans de 1963, o V12 era central e desenvolvia 310 cv a 7.500 rpm

Esse desempenho só seria superado em 1964 com o 250 LM (Le Mans) — não antes que o 250P ganhasse a famosa prova. Como tantos outros membros da família, o LM teve sua estréia no Salão de Paris. Diferente do GTO, que ele deveria substituir, teve sua homologação negada pela FIA. A Ferrari tentou em vão inscrevê-lo como uma nova variação do 250 de série para, novamente, escapar do mínimo de 100 unidades fabricadas. Dessa vez a desculpa não colou. Continua

Em escala

Desejados como são, os Ferraris são figuras fáceis entre os modelos disponíveis em escala dos mais diversos fabricantes. A italiana BBurago tinha em seu catálogo de 2000 três modelos da série em escala 1:18: o GTO 1962 (acima), o Testa Rossa 1957 e o Le Mans 1965.

Com esse GTO 1964 em 1:18, da Guiloy, pode-se ver a influência do estilo do LM nos traços retos da capota. A frente, por outro lado, ficou mais simples, sem as três tomadas de ar acima da grade, que marcavam o GTO de 1962.

A Mattel tem esse 250 Testa Rossa 1959 em 1:18 que, de tão esculpido, está mais para artes plásticas que engenharia. Note o capricho nos detalhes do motor.

Um 250 S 1952 da Mille Miglia, cor de vinho (acima), é feito pela Art Model em escala 1:43: raro modelo inspirado nos primeiros carros da série.

Há na mesma escala o ainda mais raro 250 Monza Carrera Panamericana (acima), como o dirigido por Cornacchia, feito em resina pela italiana Top Model. A Eagles Race lançou a versão 1961 do 250 GT SWB nas cores vermelha, azul e prata e escala 1:18.

A francesa Ilario tem interessantes modelos customizados em escala 1:43. Entre eles o GT Spyder Competition de Leon Dernier (acima), um protótipo Pininfarina. Dernier também era chamado de Eldé para que sua esposa não soubesse que corria. Há ainda um "Tour de France" modificado de 1957 e dois 250 MM cupê 1953, um bicolor vinho e prata e outro com carroceria exclusiva Vignale.

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