
Prisma: sem estabilizador ou
subchassi, a pior qualidade de rodagem

Siena: calibração mais firme
melhorou estabilidade e piorou conforto

Fiesta: comportamento é
destaque, mas rodar poderia ser mais macio

Logan: estabilidade correta e
o melhor do grupo em pisos irregulares |
Nenhum dos quatro é referência quanto ao comando de câmbio, mas
estão adequados em precisão. Logan e Fiesta têm a vantagem adicional do cômodo engate da ré, como se fosse
a sexta marcha, sem travas adicionais. No Siena há um desnecessário anel
de trava (já existe bloqueio interno contra engate involuntário), item
que no Prisma se faz preciso por causa da posição da ré, junto à
primeira.
Embora o conceito de suspensão seja o mesmo nos quatro, os melhores
resultados são os de Logan e Fiesta, seguidos pelo Siena e com o Prisma
em último. O Renault é insuperável em conforto e absorção de impactos,
para o que contribui a distância entre eixos bem maior, e tem
estabilidade bem adequada para a proposta destes modelos. O Ford chega a
ter comportamento esportivo, que agrada a quem gosta de andar rápido em
curvas, mas poderia ser mais macio em piso irregular.
A suspensão do Siena nos pareceu mais firme e controlada que em anos anteriores,
quando os amortecedores eram macios em excesso. Os pneus 185/65-14,
opcionais, contribuem para o bom comportamento, mas as molas estão algo
duras para um
rodar confortável. O Prisma não chega a incomodar, mas se percebe pior qualidade de rodagem
que nos outros. As irregularidades do piso não são bem
absorvidas (saiba mais),
sem que a estabilidade supere a dos concorrentes. Em se tratando de
transpor lombadas, porém, todos estão bem ajustados.
Há equilíbrio também nos freios dos quatro, com dimensionamento e
facilidade de modulação adequados e discos ventilados à frente. Fiesta e Siena
dão opção de sistema antitravamento (ABS). Na direção, todos
recorrem à tradicional assistência hidráulica com bons resultados, mas
dois modelos poderiam evoluir: no Prisma falta precisão direcional, que
tornaria mais tranqüila a condução em velocidade, e no Siena caberia uma
relação pouco mais alta (menos direta) para menor sensibilidade em uso
rodoviário, embora a relação baixa seja conveniente em manobras urbanas.
O Fiat está bem-dotado de faróis, com refletores
elipsoidais no facho baixo e de
superfície complexa no alto — este o
padrão usado em ambos os fachos dos concorrentes. O Ford também tem
duplo refletor, arranjo vantajoso em
comparação ao simples do Renault e do Chevrolet. O Logan não traz terceira luz de freio e o Prisma não pode vir de fábrica com
faróis de neblina, mas estão ausentes dos quatro a luz traseira de mesma
finalidade e os repetidores laterais das luzes de direção, o que é
lamentável — sobretudo no Chevrolet, pela posição infeliz das luzes
dianteiras.
É boa a visibilidade em todos eles, com ressalva para o porta-malas
elevado, que traz alguma dificuldade em manobras, e para as colunas
traseiras muito largas no Prisma. O retrovisor esquerdo
convexo usado por Fiesta e Logan tem
maior campo visual que o plano de Siena e Prisma, mas a economia da
Renault em usar a mesma peça nos dois lados do carro impôs um formato
inadequado, que oculta uma parte importante da imagem.
Em segurança passiva, Fiesta e Siena
podem receber bolsas infláveis frontais, não disponíveis no
Prisma e no Logan. O passageiro central traseiro conta com encosto de cabeça no
Fiat e no Renault, mas não tem cinto de três pontos em nenhum modelo. E
é inaceitável que os apoios de cabeça dianteiros do Chevrolet não tenham
regulagem em altura.
Continua
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