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Comparativo Completo
O botão Voice aciona os comandos por voz no Focus, que usa botão para partida; o chaveiro pode ficar no bolso, mas é preciso retirar uma chave de dentro dele para abrir o capô; no Linea, o navegador (acima) emite mensagens de voz e alertas gráficos no quadro de instrumentos
Não falta nem falar
Dois destes carros contam com inovações em termos de produtos nacionais (incluindo os que chegam da Argentina): o Focus vem de série com comando por voz para vários dispositivos; o Linea oferece como opcional o primeiro navegador integrado ao veículo — no Vectra há o aparelho desde 2007, mas é uma unidade portátil.

O sistema da Ford permite ao motorista, ao toque do botão Voice (voz) em um comando satélite à esquerda do volante, comandar operações dos sistemas de áudio, ventilação e telefone, este obtido pela conexão de aparelho pela interface Bluetooth. Não é necessário gravar previamente a própria voz, mas as mensagens devem seguir um roteiro previsto, em que se escolhe o dispositivo e se dão comandos programados pelo fabricante, intercalados pelas confirmações do sistema com uma voz feminina de forte sotaque lusitano. Por exemplo, "rádio, FM, 97 ponto 7" (não vírgula, como seria correto) ou "ar-condicionado, 22 graus".

Embora simples de operar, o sistema incomoda pelo alto índice de erro na compreensão do que se diz. Testado por diferentes pessoas, até mesmo com o carro parado para evitar ruídos, muitas vezes entendeu errado os números de emissoras pedidos, tornando mais eficaz o método manual de busca. Parte do problema talvez esteja no uso do português luso, pelo qual o sistema não compreende bem o que se fala na forma brasileira do idioma.

O Linea avaliado não tinha o pendrive de 2 Gb com os mapas para avaliação do navegador, mas uma breve análise do equipamento foi feita no teste de lançamento do carro. Com cobertura de 111 cidades e mais 709 interligadas por rodovias, segundo a Fiat, o navegador informa manobras a seguir, nomes das vias e distância restante no mostrador central do painel. As manobras também são informadas por mensagens de voz feminina — e em português do Brasil, ufa!

A inserção de endereço pode ser feita por voz ou manualmente pelos comandos no volante. Esta não é nada prática, pois é preciso rolar por todo o alfabeto para selecionar letra por letra. Nos sistemas portáteis basta tocar em um teclado na tela e, em geral, opções de vias iniciadas pelas letras já inseridas aparecem para facilitar a seleção. O navegador mostrou-se eficiente na avaliação na cidade de São Paulo e pela rodovia Castello Branco.
Refez os cálculos sem demora quando nos desviamos do caminho recomendado e tem uma vantagem sobre o similar da Visteon que equipa o Vectra: conversões são ditas no formato "a 1 km vire à direita" e não "vire à direita a 1 km", que pode confundir, levando o motorista a efetuar a manobra de imediato antes de ouvir o fim da orientação. No entanto, o navegador do Linea não exibe mapa, o que pode prejudicar a compreensão em regiões com muitas vias próximas umas das outras (uma conversão a 200 metros, por exemplo, pode não ser a próxima e sim a segunda).

Partida por botão
Outra exclusividade do Focus é o sistema de partida do motor, por botão no console, que dispensa o uso de chave. Basta que o chaveiro (que não possui serrilha) esteja no interior para que se possa ligar a ignição, num primeiro toque leve, e o motor, no segundo toque ou com um só toque mais forte. Sua precisão chega ao ponto de inibir a partida se o chaveiro estiver a um metro do carro, o que o torna seguro se o usuário estiver, por exemplo, efetuando o pagamento de um abastecimento com o carro destravado. A partida por botão, que já foi comum há muitas décadas associada ao giro da chave, hoje é tida como elemento esportivo, inspirado em carros de corrida.

Como no sistema de cartão e botão do Renault Mégane, há vantagens inerentes à substituição do comando mecânico por um eletrônico: o motor de partida deixa de atuar assim que o motor "pega", mesmo que o motorista insista no botão, e não há como acioná-lo por engano com o motor já ligado. A Ford optou, porém, por não desligar o propulsor caso o chaveiro seja retirado do carro — apenas não ligará mais depois de desligado. Em caso de problema no sistema ou na bateria, uma pequena chave é extraída do chaveiro e inserida no miolo tradicional na coluna de direção, coberto por uma tampa.

É um recurso conveniente, mas que seria bem mais se as portas se destravassem pela aproximação do chaveiro, como no Renault Laguna e em outros carros de luxo. E, sobretudo, a Ford precisa encontrar solução melhor para o destravamento do capô, que no novo Focus continua a ser feito com a chave. Se na versão GLX se usa a chave de partida, no Ghia é necessário extrair a pequena chave do chaveiro para uma simples verificação de nível de óleo...
Citroën (acima e ao lado): sensores de estacionamento à frente e atrás com mostrador gráfico, botões no volante para numerosas funções, limpadores com braços opostos, difusor de perfume e ventilação extra para o banco traseiro
Ford (abaixo): conexões USB e para MP3 no console central, ar-condicionado com duas zonas de ajuste e retrovisores externos biconvexos
Fiat (ao lado): o único estepe 100% operacional, até com roda de alumínio, e computador de bordo com duas medições, como no C4
Toyota (abaixo): dois portaluvas, sistema de áudio que armazena seis CDs no painel e ajuste elétrico de série para o banco do motorista

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