



Portamalas: capacidades de 513
litros no Pallas, 500 no Linea, 526 no Focus e 470 no Corolla, que não
usa articulações pantográficas |
Detalhes superiores no Linea são os vidros laterais (após
as colunas centrais) e traseiro em verde mais escuro com 35% de
transparência, muito agradáveis sob sol intenso; cortina enrolável no vidro traseiro e local
para óculos no teto. No Focus destacam-se o único teto solar no grupo,
dotado de comando elétrico um-toque, e a iluminação externa sob os
retrovisores ao se destravar o carro.
Só no Corolla há dois
portaluvas e janelas traseiras que descem por inteiro. E o Pallas é
único a ter ventilador de quatro velocidades para o banco
traseiro, que impulsiona o ar à mesma temperatura dos difusores do
painel (no Linea há apenas difusor para esses passageiros); limitador de
velocidade; duas luzes de leitura no banco traseiro (nos
outros deve-se usar a luz central de cortesia), difusor de perfume no
painel e rede no portamalas.
Linea, Focus e C4 trazem aviso para o motorista atar cinto e informam
qual das portas estiver aberta ou mal fechada.
C4 e Corolla têm recolhimento elétrico dos retrovisores externos (ideal
para locais estreitos e para abrir caminho a motoboys impacientes), que
no primeiro é automático ao travar o carro. Fiat, Ford e Citroën usam
comutadores de farol apenas de puxar e que nunca o acendem
já em facho alto (houve correção no caso do Ford, que antes podia
ligá-los em alto, com risco de ofuscar alguém);
no Toyota é do tipo puxa-empurra.
Pontos que podem incomodar: no Linea, apoio de braço dianteiro estreito para dois ocupantes e portaluvas
apertado quando há navegador; no Focus,
iluminação nos parassóis acionada por botão, e não de modo automático, e
falta de retrovisor interno fotocrômico;
no Corolla, comandos de metal retorcido no assoalho para abrir
portamalas e bocal do tanque e alarme sem proteção por ultrassom; no
Pallas, bocal do tanque aberto com chave; neste e no Focus, ausência de
faixa degradê no pára-brisa, que existia na geração antiga do Ford.
A maior largura externa do Focus não se traduz em amplidão interna, em
que ele se equivale a Corolla e Pallas tanto na frente quanto atrás — só
o Linea é mais compacto, com o agravante do painel protuberante no lado do passageiro. No banco
traseiro destacam-se Toyota (apesar do menor entre-eixos do grupo, em
empate com o Fiat) e Citroën em acomodação para pernas e cabeças,
seguidos pelo Ford. O passageiro central sofre nos quatro modelos com o
encosto duro, por haver apoio de braço, mas o
Linea o incomoda mais pela falta de espaço lateral.
A capacidade de bagagem declarada do Pallas, 580 litros,
corresponde a método de medição mais favorável. Pelo padrão usual —
seguido pela própria Citroën no mundo todo, até na Argentina — são 513
litros, menos que os 526 do Focus e mais que os 500 do Linea e os 470 do
Corolla. Seria melhor neste último que se usassem
articulações pantográficas na tampa,
como nos três concorrentes. O banco traseiro é rebatível e bipartido
60/40 em todos. Destaca-se no Fiat o único estepe 100% funcional, até com roda de
alumínio, cada vez mais raro.
O Toyota tem pneu igual aos demais e roda de aço, solução mais aceitável
que a do Citroën: neste, a medida 195/65 R 15 (contra 205/55 R 16 dos
restantes) impõe certas restrições de uso e impede o uso do pneu em
reposição ou rodízio, levando-o a perder validade com pouco ou nenhum
uso. Por esse ângulo, talvez fosse melhor fazer como no Ford, em que o
estepe temporário bem estreito poupa custos, peso e espaço.
Continua
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