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Linea: bom desempenho, exceto abaixo de 2.000 rpm, e certa aspereza

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City: menor potência em qualquer rotação e o melhor consumo dos três

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Corolla: superior em velocidade máxima, aceleração e nível de ruído

Exclusivos do Linea são limpador de para-brisa automático, sensores de estacionamento na traseira, indicação individual de porta mal fechada (em vez de alerta geral), aviso programável para excesso de velocidade, configuração de funções, difusor de ar-condicionado para o banco traseiro, proteção por ultrassom no sistema de alarme, retrovisor interno fotocrômico, duas medições de velocidade e consumo médios no computador de bordo, porta-óculos no teto, vidros verdes escurecidos (transparência de 35%) das colunas centrais para trás e um comutador de faróis muito bom de usar, em que apenas se puxa a alavanca contra o volante e, por haver batente, não se passa ao facho alto sem querer quando o objetivo é relampejar. Detalhes únicos do Corolla são o recolhimento elétrico dos retrovisores externos e os dois porta-luvas.

Alguns pontos merecem correção. No Linea a parte central do painel incomoda o joelho do passageiro e pode se tornar contundente em uma colisão, o porta-luvas é pequeno (quando há navegador é difícil até encaixar o manual) e abrir o porta-malas pelo comando remoto da chave não desativa o alarme, que dispara quando a tampa é erguida. No City e no Corolla não se pode usar o sistema de áudio sem acionar a chave no contato (no segundo, nem mesmo remover um CD do aparelho) e a buzina monotonal aguda — "bibi" — ainda causa estranheza em carros dessa categoria, embora seja um antigo padrão japonês. Mal posicionada, a alavanca que abre o porta-malas no City pode ser confundida com um ajuste do banco do motorista, levando a abertura involuntária, e seu painel tem uma caixa vazia para comandos no lado esquerdo, algo protuberante, na qual se pode bater o joelho ao entrar.

O Corolla não é mais largo que os demais (3 cm mais que o Linea e importantes 6,5 cm mais que o City) à toa: na frente ou atrás, oferece acomodação bem melhor em termos de espaço lateral. Os outros são um pouco estreitos nos bancos dianteiros e muito no traseiro, que se torna incapaz de levar três pessoas, salvo se pequenas e magras. Vale notar que a Fiat manteve no sedã as portas e o para-brisa do Punto, o que implica espaço interno semelhante ao do hatch na frente, apesar da maior largura informada. O Toyota vence também em espaço para as pernas, embora os oponentes não estejam mal nesse aspecto — o City até surpreende —, e em altura útil, mais crítica no Linea. O passageiro central sofre com o encosto em todos, mas o Honda o incomoda também pelo assento. O único argumento a favor desse modelo é o sistema de reclinação do encosto. A base de janelas alta no City e no Corolla traz menor visibilidade a quem viaja atrás, sobretudo a crianças.

O City impressiona em capacidade de bagagem, 506 litros, empate técnico aos 500 do Linea e pouco acima dos 470 do Corolla — todos bem adequados à bagagem da família que transportam. Apenas o Fiat usa articulações pantográficas na tampa, que não ocupam espaço da bagagem nem a amassam ao fechar, e seu estepe é o único a ter pneu e roda iguais aos de serviço. No Toyota a roda é de aço e não de alumínio; no Honda a economia chega ao uso de pneu de 15 pol em vez de 16, o que impede seu aproveitamento em rodízio ou reposição. O estepe do City, virado para baixo, dificulta verificar a pressão. Os três permitem rebater o banco traseiro, que é dividido em 60/40, e têm a tampa do porta-malas revestida.

Mecânica, comportamento e segurança

Os motores diferem tanto em concepção quanto em cilindrada. Linea e Corolla estão próximos da marca de 1,8 litro, mas o segundo conta com variação do tempo de abertura das válvulas. No City, de menor capacidade cúbica — 1,5 litro —, o sistema de variação mais elaborado i-VTEC (saiba mais sobre técnica) explica sua potência específica mais alta que nos oponentes. Mesmo assim, é do Toyota a liderança em potência, com 132/136 cv (gasolina e álcool, na ordem) contra 130/132 cv do Fiat e 115/116 cv do Honda. O Linea, por sua vez, oferece mais torque: 18,1/18,6 m.kgf ante 17,3/17,5 do Corolla e modestos 14,8 m.kgf do Honda, que parece se beneficiar pouco do i-VTEC nesse aspecto.

O Corolla é o que mais agrada em distribuição de potência: entrega-a em boa dose e sem sobressaltos desde baixas rotações. No Linea nota-se certo "veneno" para alcançar sua potência específica: algo vazio abaixo de 2.000 rpm, ele de repente "acorda", o que torna difícil ao motorista dirigir de forma linear — o que explica em boa parte o incômodo notado com a caixa automatizada Dualogic. Agrava a questão o peso injustificável do Fiat, 1.315 kg, grande diferença sobre os 1.210 do Toyota e os 1.140 do Honda. No City, embora a potência apareça de modo gradual, o que existe dela em baixas e médias rotações perde por larga margem para os oponentes. Linea e Corolla revelam um pouco de aspereza em altos regimes, mas não a ponto de incomodar no uso normal, tendo havido melhora bem perceptível no Toyota na nova geração. Já o motor do City, embora isento de vibrações, tem nível de ruído claramente mais alto, para o que concorre a menor forração fonoabsorvente. O Toyota destaca-se nesse aspecto. Continua

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