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Com um elaborado comando de válvulas, o Civic tem 140 cv, mas perde em torque; a suspensão firme adota sistema independente na traseira

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O novo motor deixou o Corolla mais rápido e econômico; a calibração mais macia da suspensão dá-lhe o rodar mais confortável entre os três

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Um antigo motor para um novo carro: se o Jetta perde em potência, em baixa rotação o rendimento é adequado, mas à suspensão falta conforto

Na prática, acima de 100 km/h com o acelerador a fundo, o motor do Jetta "ronca" enquanto a rotação sobe sem o efeito esperado de aceleração. Em vibrações e asperezas o novo motor Toyota ficou muito bom, equiparando-se ao Honda e superando o VW, embora esse tenha melhorado na nova aplicação. Percebe-se também o ganho de disposição do Corolla em baixas rotações.

A simulação de desempenho e consumo do Best Cars trouxe algumas surpresas, como a vantagem do Civic em velocidade máxima, superando o mais potente Corolla. Em aceleração esses ficaram em grande equilíbrio, enquanto o Jetta foi bem mais lento. Por outro lado, VW e Honda obtiveram melhores marcas em consumo (leia análise detalhada e confira os números da simulação).

As caixas automáticas diferenciam-se no número de marchas e na seleção manual. A do Jetta tem seis marchas e admite trocas sequenciais pela alavanca ou por aletas junto ao volante; a do Civic tem cinco e permite o comando manual apenas pelas aletas; e a do Corolla permanece com quatro marchas e não oferece um modo interativo, sendo possível apenas reduzir marchas pela alavanca. As duas marchas adicionais fazem grande diferença sobretudo em rodovia, pois reduções no VW de sexta para quinta, ou mesmo quarta, são bem mais suaves que a troca de quarta para terceira no Toyota.

As três caixas operam de maneira irrepreensível, sendo capazes de responder ao que o motorista deseja em termos de trocas ascendentes ou reduções. Chama atenção no Civic a facilidade com o câmbio sai do bloqueio de conversor de torque em velocidades de viagem; tanto nele quanto no Corolla há uma tendência algo exagerada a fazer reduções em aclives ou quando se pede mais potência, parecendo que o acelerador poderia ser bem mais aberto na mesma marcha para uma direção mais econômica, mas o Toyota com o novo motor melhorou nesse aspecto.

No Civic e no Jetta, as aletas do volante (em que a esquerda reduz e a direita sobe marchas) podem ser usadas mesmo com a alavanca em posição D, mas nesse caso a atuação automática retorna depois de alguns segundos. Caso se passe à posição S — o que ativa o modo automático esportivo, para trocas em rotações mais altas, apenas no VW —, uma vez acionadas as aletas o câmbio não sai mais do modo manual. No Jetta, para fazer trocas pela alavanca, ela é movida para o canal à direita e então para frente (subir marchas) ou para trás (reduzir). No limite de giros o Jetta troca sozinho para cima e o Civic não; já retomadas em baixa rotação podem ser feitas nos dois, bastando não pisar até o fim no acelerador.

O Honda é o único a ter suspensão traseira independente (saiba mais sobre técnica), mas o comportamento dinâmico é ótimo nos três: podem ser jogados em curvas, devolvendo satisfação a quem gosta de andar rápido — com especial ajuda dos pneus opcionais 225/45 R 17 no caso do VW, ante 205/55 R 16 dos oponentes. O que os diferencia bastante é o conforto. E nesse quesito o melhor é o Corolla, com rodar macio e muito boa absorção de irregularidades — parece ter havido alteração nos amortecedores, que no começo da atual geração eram duros no início de curso. A calibração foi tão bem feita que mal se nota a falta de independência entre as rodas traseiras, ligadas por um eixo de torção como no Jetta.

Neste, a opção por esse conceito econômico de suspensão, associada a uma calibração firme e aos pneus de perfil baixo, cobra seu preço: o rodar é desconfortável pela traseira. O Civic está no meio termo entre eles, pois a fábrica optou por amortecedores mais firmes que os do Corolla, embora sem chegar ao incômodo do Jetta. E ele é o modelo que melhor transpõe lombadas, pois nos concorrentes ocorre pancada seca (causada pela falta de batente hidráulico nos amortecedores) ao passar mais rápido por elas.

Eles diferem também na direção, com assistência hidráulica no VW e elétrica no Honda e no Toyota. O último deles consegue o menor peso em manobras, mas os três mostram adequada precisão em velocidade. Todos estão bem servidos de freios, que contam com discos nas quatro rodas, sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de força entre os eixos, além de boa calibração da assistência.

Os carros equivalem-se em faróis, com unidades de duplo refletor de superfície complexa e lâmpadas halógenas (não há mais opção por xenônio no Jetta), mas só o VW vem com luz traseira para nevoeiro. Faróis de neblina equipam esse modelo e o Toyota; repetidores laterais das luzes de direção estão nos três. Em visibilidade, o Honda fica em pior situação por causa das colunas dianteiras mais avançadas; o Jetta tem o melhor retrovisor do lado esquerdo, com lente biconvexa, ante a convexa dos outros.

Bolsas infláveis frontais equipam os três carros, mas o Jetta traz também as laterais dianteiras para proteção do tórax (sem as cortinas para a seção superior), que os concorrentes não oferecem nessas versões. O quinto ocupante dispõe de cinto de três pontos e encosto de cabeça em qualquer um deles; só o VW vem com fixação Isofix para cadeira infantil. Continua

São cinco marchas no Honda (à esquerda), quatro no Toyota (centro) e seis no VW; o primeiro e o último admitem trocas manuais junto ao volante

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