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O Uno Sporting ganhou suspensão mais firme e pneus 185/60 R 15: bom resultado em comportamento dinâmico e perda aceitável em conforto

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Com suspensão independente, o J3 tem boa estabilidade e rodar mais macio; os faróis não se destacam, mas há repetidores de luz de direção

Cilindradas próximas, potências bem diferentes: o JAC (embaixo) tem 20 cv a mais e maior torque, além de funcionamento mais silencioso

Em contrapartida, quem colocar o JAC para "girar" terá a satisfação de ouvir e sentir um motor bem acertado, que vibra pouco e chega ao limite de 6.500 rpm sem aparentar esforço. Com o Fiat é o contrário: apesar de atenuada no Sporting pelos coxins hidráulicos, a aspereza do Fire Evo é sentida já em rotação baixa e faz parecer que o motor está sendo forçado quando na verdade não está. Uma surpresa para quem esperava da indústria nacional — sobretudo do fabricante líder de mercado — um motor mais refinado que o dos chineses.

Também o nível de ruído é mais baixo no J3 em velocidades de estrada: viaja-se na faixa de 120 km/h com relativo conforto, o que é raro em sua faixa de cilindrada. No Uno é o contrário: acentuado pela quinta marcha mais curta do Sporting e pelo isolamento acústico precário, o nível de ruído do motor incomoda já a 100 km/h e chega a ser inaceitável acima de 120. E não se trata apenas de câmbio, pois a tal velocidade ele está só 200 rpm acima do JAC.

Potência e aerodinâmica decidiram a prova de velocidade máxima a favor do J3, mas ele obteve vantagem discreta em aceleração e ficou equilibrado com o Uno em retomadas. Também em consumo há semelhança, com melhor marca do Fiat em ciclo urbano e do JAC em rodoviário (veja simulação com análise detalhada).

O J3 tem comando de câmbio muito bom, com engates leves e precisos, que superam os apenas regulares do Uno. Outra vantagem do chinês é o fácil engate da marcha à ré, sem trava desnecessária (existe bloqueio interno na caixa contra aplicação involuntária), enquanto o Fiat requer uso do anacrônico anel-trava para colocar a alavanca ao lado da quarta marcha. Poderia ser revisto pela JAC o curso do pedal de embreagem, que é curto e — associado à pouca disposição do motor em baixa rotação — não raro leva o motorista a deixar o motor apagar nas saídas até que se acostume.

Os dois modelos usam assistência hidráulica de direção, com bons resultados tanto pela leveza em baixa velocidade quanto pela precisão em alta. A do J3, bastante rápida, chega a provocar certo movimento da carroceria em velocidade por excesso de ângulo aplicado ao volante, até o motorista se habituar. Ambos oferecem sistema antitravamento (ABS) nos freios, item de série apenas no chinês, mas o Uno deveria usar freios dianteiros a disco ventilado para maior resistência ao aquecimento. Os traseiros são a tambor em qualquer um deles.

O JAC é um caso hoje raro de carro pequeno, no Brasil, com suspensão traseira independente — um sistema simples, McPherson, de certa forma como no primeiro Escort nacional — em vez do quase unânime eixo de torção, que o novo Uno adota assim como sempre existiu no Palio. Na frente ambos usam McPherson, com subchassi apenas no Fiat, mas não há grande diferença em absorção de irregularidades.

Houve quem criticasse o J3 pela calibração macia da suspensão, mas não vemos motivo para insatisfação. Seu rodar é confortável como o de poucos modelos do segmento, para o que as rodas independentes na traseira certamente concorrem, mas o comportamento dinâmico é sadio e bem apropriado ao nível de desempenho. Seria bem-vindo um pouco mais de carga nos amortecedores traseiros, que não apresentam o controle esperado em manobras rápidas — impressão acentuada pela relação de direção, como já se viu em Siena e Palio Weekend alguns anos atrás. E os dois têm batente hidráulico nos amortecedores para passar bem por lombadas.

No Uno, a versão Sporting ganhou alterações em suspensão e pneus (leia boxe) que deixaram a boa estabilidade do modelo ainda melhor, mas houve algum prejuízo ao conforto: em piso desnivelado ou em lombadas, sentem-se a alta carga dos amortecedores e a traseira mais dura do que o desejado. É algo com que se pode conviver em se tratando de versão com certo apelo esportivo, mas os adeptos do conforto fazem melhor em optar pelo Attractive.

Sem qualquer semelhança com a primeira geração nesse quesito, o novo Fiat tem restrições em visibilidade pelas colunas dianteiras largas e avançadas e traseiras extremamente espessas. No J3 elas prejudicam menos o campo visual. Ambos usam retrovisor convexo também no lado esquerdo, mas o Uno leva vantagem pelos espelhos bem mais amplos. Também agrada sua varredura de limpador de para-brisa perfeita, até o canto esquerdo do vidro, ponto em que o do chinês deixa uma faixa sem limpar.

Se os faróis não sobressaem em nenhum deles — são de refletor único e eficiência mediana —, há unidades de neblina nos dois carros, a que o JAC acrescenta a luz traseira de mesma finalidade, ajuste elétrico do facho dos faróis e repetidores laterais das luzes de direção. Quanto à segurança passiva, as bolsas infláveis frontais e cintos dianteiros com pretensionadores, que o chinês traz de série, também estão disponíveis no nacional. Nenhum deles tem cinto de três pontos para o passageiro central do banco traseiro, mas o Uno vem com encosto de cabeça para tal ocupante, e o J3, não. Continua

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