Best Cars Web Site
Comparativo Completo
Clique para ampliar a imagem

Um motor que gosta de girar, um câmbio agradável e perto do volante: receita para fazer do 500 Sport um carro ágil e divertido ao motorista

 
 
Clique para ampliar a imagem

Com mais potência e torque e menor peso, o Palio Sporting anda mais e consome o mesmo, mas seu motor e o câmbio são menos prazerosos

Embora com características em comum, como as quatro válvulas por cilindro, os motores pertencem a famílias diferentes (saiba mais sobre técnica). O do 500 tem maior potência específica, mas menor cilindrada. Assim, perde para o do Palio em valores absolutos: o Sporting fornece 115/117 cv e 16,2/16,8 m.kgf (gasolina e álcool, na ordem) contra 105 cv e 13,6 m.kgf do Sport.

O pequeno motor do mexicano convida a acelerar com seu alto limite de rotação (6.900 rpm) e o leve ronco de aspiração, mais notado com acelerador bem aberto. Faltam esses elementos ao nacional, que não tem um som agradável aos ouvidos como desejado em um esportivo. Com relações r/l inadequadas, ambos se mostram um pouco ásperos em alta rotação, acima de 4.000 rpm, mas não a ponto de prejudicar a diversão de acelerá-los.

Com vantagens em potência, torque e até em peso, não há como negar a vantagem do Palio em aceleração, confirmada na simulação do Best Cars. Ele se manteve na dianteira também em velocidade máxima (por pequena margem) e na maioria das retomadas, além de obter consumo equivalente (veja os números e a análise detalhada).

Em câmbio, dois aspectos fazem o 500 sobressair: comando mais leve e preciso e a posição elevada da alavanca, que requer pouco movimento da mão desde o volante. Embora não tenha mais a sexta marcha do europeu, o Sport mostra bom escalonamento para aproveitar a potência do motor. O engate da marcha à ré segue o mesmo padrão nos dois, com um anel-trava que poderia ser dispensado, pois há bloqueio interno na caixa para evitar o engate involuntário.

Dotados dos mesmos conceitos simples de suspensão — dianteira McPherson com subchassi, traseira com eixo de torção —, os dois carros mostram diferenças em molas, amortecedores e estabilizador dianteiro em relação às versões não esportivas, além de usar pneus de perfil mais baixo. Em ambos nota-se com clareza o acerto voltado à estabilidade, com alto controle de oscilações, pequena inclinação de carroceria e boa aderência dos pneus Continental, o que os torna fáceis e agradáveis de dirigir rápido em percursos sinuosos.

Contudo, preferimos no 500 a sensação de carro bem assentado ao solo, de certo modo comum ao Punto, o que o Palio não transmite. Em que pese a evolução técnica da nova geração e o aumento do entre-eixos, o brasileiro ainda guarda uma impressão do modelo antigo, que parecia se equilibrar em cima de rodas muito próximas entre si. Além disso, só o importado traz controle eletrônico de estabilidade (há comando para desativação).

Se um rodar confortável está entre seus requisitos, é melhor optar por um 500 Lounge ou Palio Essence. A suspensão esportiva cobra seu preço na traseira do Palio, cujas molas duras chegam a incomodar em desníveis do asfalto. Em sua dianteira e em todo o 500, os amortecedores firmes fazem o carro "copiar" as irregularidades do piso, e no mexicano ainda há o agravante dos pneus de perfil 45 (55 no Palio). Mesmo assim, nossa impressão é de que esse Sport está menos duro que o polonês.

Vantagem evidente do 500 é a assistência elétrica de direção, que lhe permite um volante levíssimo em baixa velocidade sem prejuízo da precisão em alta. Os freios são bem dimensionados em ambos e contam com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica entre os eixos (EBD) de série. Exclusivos do 500 são os discos na traseira (tambores no Palio), a assistência adicional em emergência e o sistema que retém os freios acionados por segundos, em aclives, até que se passe a acelerar.

Os dois Fiats trazem faróis de duplo refletor e superfície complexa (o Palio não tem mais os elipsoidais) e unidades de neblina na frente (o 500 mexicano perdeu a luz traseira). Mas só o 500 tem luzes diurnas dianteiras (podem ser desligadas), repetidores laterais de direção, luzes laterais de posição em cada extremidade (exigência dos EUA) e ajuste elétrico do facho dos faróis. Em visibilidade, os dois incomodam um pouco pelas colunas dianteiras avançadas e as traseiras grossas, mas usam bons retrovisores convexos.

Quanto à segurança passiva, além de atender às severas normas norte-americanas de proteção em colisões, o 500 vem de série com bolsas infláveis frontais e laterais nos bancos dianteiros e oferece opção de cortinas, para a área lateral de vidros, e bolsa para os joelhos do motorista. O Sporting vem só com as frontais e dá opção pelas laterais dianteiras. No banco traseiro, o ocupante central do Palio (que o 500 não leva) dispõe de encosto de cabeça, mas não cinto de três pontos. Outra vantagem do mexicano é o sistema de fixação de cadeiras infantis Isofix.

Avaliações - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade