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C4: bom motor lidando com menor peso e melhor aerodinâmica traz o melhor desempenho; a suspensão tem bom acerto conforto/estabilidade

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Focus: suavidade em alta rotação é destaque do novo motor Sigma; a suspensão, única independente na traseira, traz ótimo comportamento

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307: mesmo motor do C4, penalizado por peso bem mais alto; acerto de suspensão o deixa um pouco mais firme que o "primo" e que o Focus

No Focus, a combinação de alto peso e marchas mais longas o deixa menos pronto nas respostas, até com a sensação de haver pouco motor em subidas e retomadas em baixa rotação. Na prática, porém, os três estão aptos a acelerar de 0 a 100 km/h na faixa de 12 a 13 segundos e de alcançar perto de 180 km/h, desempenho adequado para a proposta. E o Sigma conquista com seu funcionamento extremamente suave, que — numa hipotética Alemanha dentro do Brasil — permitiria rodar o dia todo perto da velocidade máxima sem demonstrar esforço. Está num patamar de excelência nesse quesito, sua maior vantagem sobre o antigo Zetec Rocam, que era apenas razoável em suavidade. Se serve de consolo para os concorrentes, a unidade PSA é quase tão boa quanto nesse aspecto, em que também supera a maioria dos motores da classe.

Em algumas situações, C4 (sobretudo) e 307 podem passar a sensação de maior agilidade porque usam marchas mais curtas que as do Focus, sobretudo a quinta. O preço dessa opção, além do maior consumo, está no nível de ruído mais alto em velocidades de viagem, em que os dois usam mais rotações do motor que o necessário — a 120 km/h são 3.800 e 3.700 rpm, na ordem, contra 3.450 do Focus. Se nesse tipo de uso o carro da Ford tende a exigir uso mais frequente do câmbio para retomadas e ultrapassagens, os das marcas francesas dão mais trabalho no uso urbano, onde o efeito de cada troca de marcha é menor e mais mudanças se fazem precisas.

E usar a alavanca de câmbio do Focus está longe de ser uma missão: a caixa IB5 Plus feita em Taubaté, SP (que substitui a importada da Alemanha, usada na versão de 2,0 litros por um ano) mostra engates muito leves e precisos e faz das mudanças de marcha um prazer, superando a dos dois concorrentes. A do C4 nos pareceu mais macia que a do 307, talvez por variações de produção. Um ponto positivo nos três modelos é o engate da marcha à ré simples e direto, como se fosse o da sexta marcha. A Ford adotou na versão 1,6 uma embreagem com pedal leve, dentro do normal, o que elimina o inconveniente peso notado no Focus 2,0. Também foi eliminada no 1,6, porém, a assistência eletroidráulica (como a de C4 e 307), que permitia até ajustar a progressão de aumento de peso conforme a velocidade em três programas. No Sigma o sistema é apenas hidráulico e com um só padrão, o que não o compromete: o volante é leve em manobras e bastante preciso em velocidade, a exemplo dos concorrentes.

A suspensão traseira independente multibraço (saiba mais) do Ford, única nesse grupo, rende dividendos em comportamento dinâmico quando associada à calibração de molas, amortecedores e estabilizadores primorosa feita pela marca. Impressiona como o carro responde com neutralidade ao comando: sai pouco de frente nas curvas rápidas e impede a traseira de escapar, mesmo que seja provocado tirando-se o pé do acelerador bruscamente. Só que os adversários não ficam muito atrás, com suspensões bem ajustadas que trazem boa estabilidade, em que pese o conceito simples de suspensão traseira por eixo de torção. Quando o assunto é conforto, embora os três tenham pneus de mesma medida (205/55 R 16), o C4 é um pouco mais macio, enquanto nos demais se nota a opção por amortecedores mais firmes, sem chegar ao desconforto. Os três passam bem por lombadas, mas o Focus está menos sujeito a raspar o para-choque dianteiro, o que é comum nos outros dois. Nele, precisa ser melhorada a aspereza de rodagem dos pneus.

Quando dotado de sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de força entre os eixos (EBD), opcionais, o Ford se equipara aos concorrentes em capacidade de frenagem, mas não traz assistência adicional mecânica em frenagens de emergência, usada pelas marcas francesas. Esse sistema não aumenta a potência dos freios: apenas reforça a atuação feita ao pedal quando considerada que a frenagem foi pânica, quando o motorista poderia não aplicar a força devida ou mesmo aliviá-la ao sentir a pulsação do pedal, comum durante a atuação do ABS. Vale notar que o Focus sem antitravamento perde também os discos das rodas traseiras, substituídos por tambores.

O 307 usa ótimos refletores elipsoidais nos faróis baixos, em vez da superfície complexa dos oponentes (e do facho alto do Peugeot), e traz faróis de neblina, opcionais no C4. Outra vantagem dos dois é o ajuste elétrico de altura dos faróis, que a Ford eliminou no Focus 2010 — até quando persistirá essa "depenação" prejudicial ao consumidor? A luz traseira de nevoeiro equipa os três, assim como repetidores laterais das luzes de direção. Em retrovisores, nova perda para o Focus: os excelentes espelhos biconvexos deram lugar a convexos, com menor campo visual. O 307 usa biconvexo à esquerda e convexo à direita, este o padrão em ambos no C4. A visibilidade dos três poderia ser melhor se as colunas dianteiras não fossem tão avançadas, comum nos projetos recentes.

Bolsas infláveis frontais de série estão nos três modelos, assim como cintos de três pontos para todos os ocupantes com pretensionadores nos dianteiros. O Focus ganhou o quinto encosto de cabeça (que esperamos que resista aos depenadores de plantão...), comum ao 307, mas ausente do C4. O Peugeot é o único a trazer fixação Isofix para cadeiras infantis no banco traseiro. Continua

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