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Uma das primeiras fábricas a produzir uma minivan no Brasil — a Xsara
Picasso chegou em 2001, junto da Chevrolet Zafira e precedida apenas
pela Renault Scénic —, a Citroën não mostrou a mesma rapidez para
ingressar no segmento dos modelos compactos, que já contava com
Chevrolet Meriva, Fiat Idea e Nissan Livina. Só no ano passado lançou a
"aventureira" C3 Aircross e agora, 10 anos depois da Xsara, chega a vez
da C3 Picasso, ou seja, a Aircross sem os elementos fora-de-estrada.
Com expressiva redução de preço em relação à "aventureira", o novo
membro da família francesa chega competitivo para enfrentar adversárias
consagradas como a Idea, que passou há pouco por uma renovação visual e
ganhou novos motores. A concorrência inclui também, de certa forma, a
Volkswagen SpaceFox reestilizada no ano passado. Embora seja uma perua e
não uma minivan do ponto de vista técnico, a opção da marca alemã tem
muito em comum à Idea e à Picasso, tornando válida a comparação.
Acompanhe: as três têm a mesma proposta de uso, pois são modelos
pouco maiores que um carro pequeno por fora, mas relativamente espaçosos
por dentro e com desempenho adequado ao
uso urbano e a viagens da família. Os motores flexíveis de 1,6 litro —
com duas válvulas por cilindro na SpaceFox e quatro nas outras —
desenvolvem potências similares, entre 104 e 117 cv com uso de
álcool. Em porte, a variação máxima é de aceitáveis 22 centímetros em
comprimento e 8 cm em distância entre eixos.
Quanto ao preço, a Citroën nos cedeu uma versão Exclusive, o topo
da linha, que parte de R$ 57,9 mil e custava R$ 59 mil na configuração avaliada.
Está muito próxima da SpaceFox, cujo preço na versão superior Sportline
parte de R$ 54,9 mil e alcançava R$ 59,1 mil como testada (não se
considere o câmbio automatizado do carro das fotos). Ambas são um pouco mais caras que a Idea, que
começa em R$ 46,8 mil na versão Essence
1,6 (mais representativa em termos de vendas que a Sporting 1,75, passo
seguinte na gama) e chega a R$ 56,7 mil conforme testada.
Continua
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