

C4 Picasso: ótimos plásticos,
painel bem legível, volante de cubo fixo


Grand C4: detalhes mais
refinados e ajuste de cor dos instrumentos


Grand Scénic: conjunto mais
simples, mas aspecto também moderno |
A C4 longa permite
escolher entre três tons para o fundo do mostrador, incluindo um
agradável azul, mas o ajuste deixa de fora uma seção que à noite fica
amarelada. Indicações do computador de bordo — que mostra
consumo em km/l, como deve ser, mas não tem consumo instantâneo na
Scénic — e do sistema de áudio também aparecem no painel, com textos em
português luso ("travão desactivado") no caso da Renault. No volante das
C4 e na coluna de direção da Scénic estão comandos para áudio,
controlador e limitador de velocidade.
Um recurso muito conveniente da Grand C4 Picasso (opcional na versão
curta) é o ar-condicionado automático com quatro zonas de ajuste de
velocidade do ventilador e de temperatura, além de difusores de ar nas
colunas centrais para o banco traseiro, que contribuem para refrigeração
mais rápida e homogênea da cabine (no modelo longo há ainda extensão de
ar para a terceira fila). Na C4 curta o ar de série tem duas zonas e
mantém os difusores traseiros com ajuste de ventilação, perdendo apenas
o acerto independente de temperatura. Deixam bem para trás a Scénic, que
tem uma só zona de regulagem e, sem ao menos difusores para trás, mostra
dificuldade em refrigerar o interior em dias mais quentes.
A Grand da Citroën traz teto com ampla área de vidro fixo, opcional no
modelo menor, mas a Scénic é melhor nesse item: seu arranjo similar ao
da Fiat Idea inclui um amplo teto solar corrediço de comando elétrico
sobre os bancos dianteiros, mais avançado que o habitual, e um vidro
fixo sobre a segunda fila de lugares. O dianteiro conta com abertura
um-toque e pode se fechar junto dos
vidros pelo controle remoto. Como corre por fora sobre o traseiro, este
não se abre. Os forros separados do tipo enrolável, porém, não filtram
100% dos raios solares.
Ainda sobre vidros, ambas as C4 adotam um parabrisa panorâmico que se
estende sobre o teto algo como 20 centímetros mais que o habitual, o que
traz sensação interessante, mas resulta em maior incidência solar. Para
evitar desconforto, há cortinas com trilhos que deixam o vidro quase do
tamanho normal, embora ainda maior que o da Scénic. Já o limpador de
parabrisa com braços em sentidos opostos da Citroën é boa solução, mas
não superior: com arranjo pantográfico na palheta direita, o da Renault
também varre excelente área.
O controle elétrico dos vidros dos três modelos traz função um-toque e
sensor antiesmagamento em todos, mas
falta à Renault o importante temporizador.
Ameniza sua falta a presença (assim como na Citroën longa, mas não na
curta) de fechamento das janelas pelo controle remoto, que em seu caso
inclui o teto solar. As versões Grand têm recolhimento elétrico dos
retrovisores, que na C4 funciona assim que o carro é travado por fora.
Há um detalhe curioso na Scénic: por serem os espelhos presos à coluna e
não à porta, haveria interferência quando esta fosse aberta. Assim, o
retrovisor volta à posição normal quando se abre a
porta e recolhe-se quando ela é fechada.
O freio de estacionamento das três é automático, com comando elétrico
que o aciona assim que o câmbio é colocado na posição P e o libera
quando o carro é acelerado em D. Pode também ser usado manualmente por
meio de pequena alavanca no painel, caso em que efetua uma frenagem
gradual, mais segura que o acionamento abrupto das alavancas
convencionais. Como nas C4 a alavanca fica no centro do painel,
acessível ao passageiro (boa medida para a hipótese de o motorista
perder os sentidos, por exemplo), em caso de acionamento do comando em
movimento o freio é liberado assim que se solta a alavanca, o que evita
riscos se o uso for involuntário.
As duas Picassos contam com itens que superam a concorrente:
compartimento refrigerado no centro do painel,
retrovisor interno fotocrômico, espelho
convexo para monitorar crianças no banco
traseiro, difusor de perfume no painel, sensores de uso do cinto por
todos os passageiros (com sensor de peso no assento para identificar se
há alguém no banco dianteiro direito), lanterna
portátil com bateria recarregável no portamalas e ajuste de altura
também para o banco do passageiro da frente.
A Grand C4 vem ainda com volante revestido em couro (também na Scénic), sensores auxiliares
de estacionamento à frente e atrás que mostram no painel até mesmo
o lado em que há obstáculo próximo (a Scénic tem ambos os sensores, mas
sem mostrador, e a C4 menor, nenhum sensor); cortinas
manuais contra sol no vidro traseiro e nas janelas do meio do carro para
trás (na Renault e na C4 menor, só nas portas traseiras) e luzes de
cortesia automáticas nas bolsas das portas, nos porta-objetos do painel
e nas mesas dos encostos dianteiros. Por outro lado, só a versão curta
traz o Modubox, um carrinho de compras dobrável preso à lateral do
compartimento de bagagem.
Continua
|