C3 (em cima) e 207: mesmo motor
e destaque à suavidade de operação
Sandero: bom desempenho, mas
prejudicado pela pior aerodinâmica |
Peugeot e Citroën mostraram melhor desempenho na simulação
do Best Cars, deixando o Renault bem para trás em velocidade
máxima e superando-o também em aceleração e parte das retomadas. Já em
consumo o brilho foi do 207, ainda que seguido de perto pelos demais (veja
os resultados com análise detalhada). Seu novo comando de câmbio
deixou os engates mais precisos e os manteve macios. Com isso, agora se
equivale aos oponentes, todos
agradáveis de usar, mesmo que não sejam referência no assunto. Um ponto
positivo nos três é a facilidade de engate da ré, como se fosse a sexta
marcha, sem anéis-trava redundantes.
A suspensão traseira da Peugeot é superior em teoria ao contar com rodas
independentes (leia abaixo), mas na
prática essa vantagem não se manifesta, pelas diferenças de calibração.
O 206 sempre foi algo duro e a empresa trabalhou para melhorar esse
quadro no 207, que está mais suave, com uma perda discreta e bem
tolerável em estabilidade. O que não está acertado é a absorção de
impactos, que os novos pneus de perfil mais baixo (185/60 R 15, mesma
medida do C3) transmitem mais à suspensão. O Citroën também foi
“amaciado” para 2009 e ficou muito bom, com rodar mais confortável e
comportamento ainda digno de elogios. O Sandero está em patamar
semelhante, com bom equilíbrio entre os dois fatores, embora pudesse ter
amortecedores traseiros um pouco mais macios. Seus pneus mais altos,
185/65 R 15, contribuem para a maciez de rodagem.
Um destaque do C3 é a assistência elétrica de direção, que a deixa
levíssima e muito agradável em baixa velocidade, mas ganha peso correto
em alta. Nos demais a assistência hidráulica poderia ser melhor, pois
requer maior esforço em manobras do que o esperado. Já os freios estão
bem dimensionados nos três, com vantagem para C3, por trazer de série
sistema antitravamento (ABS) e auxílio em
emergência, e para 207 por usar discos
também na traseira. O Sandero
pode ter ABS a custo extra, enquanto no Peugeot a opção está vinculada
a câmbio automático.
Os faróis de duplo refletor de
superfície complexa dos modelos da PSA
superam os de refletor único do Renault. Já unidades de neblina equipam
Sandero e 207 (os do C3 avaliado são acessórios pós-venda), enquanto a luz traseira para o mesmo fim vem no Peugeot e
no Citroën. Quanto aos retrovisores, equilíbrio na lente
convexa
também no esquerdo, mas desvantagem para o Sandero pela carcaça
igual nos dois lados, que impõe um corte no campo visual inferior. Em
segurança passiva, a Peugeot também
deixou a opção de bolsas infláveis frontais restrita
à versão de câmbio automático. As outras marcas as oferecem como
opcionais, mas não estão incluídas nos preços dos carros avaliados. Nos
três modelos o quinto ocupante fica sem cinto de três pontos e encosto
de cabeça.
Continua
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