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C3: desenho com forte identidade ganhou frente retocada na linha 2009

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207: frente volumosa e desproporcional prejudica harmonia do conjunto

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Sandero: agrada de frente, nem tanto de lado, causa polêmica por trás

Concepção e estilo

O que a Peugeot brasileira chama de 207 é, como se sabe, apenas uma reestilização do 206 — sem relação com o 207 francês, um carro todo novo e algo maior, que ela alega ser muito caro para o mercado nacional. Portanto, o modelo lançado na Europa em 1998 e feito aqui desde 2001 é, por larga margem, o mais antigo do grupo. O C3 veio em 2003, dois anos depois da estréia européia, e o Sandero é um projeto local (com base no Logan que surgiu na Europa em 2004) apresentado no ano passado.

As alterações de estilo do 206 para o 207 concentram-se na frente, que ganhou capô, faróis e grade semelhantes aos do homônimo francês. O restante mudou pouco, apenas pára-choque traseiro e lanternas, de modo que visto por trás ele não tem como esconder sua identidade. No C3 as modificações para 2009 são pequenas (grade e pára-choques) e, como no "primo" da marca sócia, foram desenhadas para o mercado sul-americano.

A harmonia de desenho, que era um ponto alto do 206, perdeu-se em parte com a adoção de uma frente volumosa, desproporcional à compacta carroceria, um sacrifício em favor da aparência mais integrada à família Peugeot de hoje. O C3 sempre dividiu opiniões: tem identidade própria e faz sucesso sobretudo com o público feminino, mas há quem o rejeite por seu perfil arredondado e sem a impressão de solidez tão procurada hoje. Quanto ao Sandero, mostra um bom trabalho de estilo se considerado que partiu de um sedã pouco inspirado — origem que ainda se manifesta na seção central, com vidros muito retos. A frente agrada bastante, mas a traseira foi criticada por muitas das pessoas que consultamos. Também dividem opiniões os vincos nas laterais.

Citroën e Peugeot divulgam coeficientes aerodinâmicos (Cx) muito bons para carros deste porte, 0,31 e 0,32, na ordem, com a ressalva de que a segunda não atualizou o dado após a reestilização. O Sandero não teve o Cx informado, mas se repetir o do Logan (0,36) ficará longe dos dois nesse quesito. Para complicar seu caso, tem a maior área frontal estimada, o que leva ao produto final da multiplicação de 0,89 contra 0,72 do C3 e 0,71 do 207.

Conforto e conveniência

Como a parte externa, o interior do 207 combina um novo aspecto na parte vista com mais freqüência — no caso o painel — ao restante com um mínimo de alterações para conter custos. Mas isso não o prejudica diante do C3, que por dentro é praticamente o mesmo desde o lançamento, ou do Sandero, um tanto simples no desenho e nos materiais. Os três são modestos em termos de qualidade de plásticos, sobretudo o Renault. Por outro lado, ele traz tecido superior no revestimento dos bancos por se tratar de versão de topo; neste ponto o Citroën é o mais simples.

Único a oferecer ajuste do volante também em distância, o C3 facilita ao motorista encontrar boa posição de dirigir. O Sandero destaca-se pelo banco amplo e confortável e pela maior altura útil, ao lado do C3. Nos três carros se pode regular a altura do assento e do volante, mas o 207 deveria trazer o ajuste em distância deste último, que fica algo distante.

O painel do Citroën tem disposição peculiar: velocímetro digital de fácil leitura, grandes blocos de luz para indicar combustível e temperatura (como são poucos blocos, cada um representa cerca de oito litros do tanque, o que é muito), conta-giros em forma de semicírculo. Seus concorrentes usam instrumentos analógicos e também permitem boa visualização, com auxílio da iluminação alaranjada. Os de temperatura e combustível do Renault são digitais em LCD, mas com fácil leitura; também não incomoda seu fundo com cinza claro, pois escurece à noite, ao contrário do branco usado em alguns modelos da GM. Se os três contam com computador de bordo, apenas o do Sandero indica consumo em nosso padrão de km/l; os demais, litros/100 km. O 207 exibe a temperatura do ar externo; no C3 há o indicador, mas só mostra um traço por falta do termômetro...

A Peugeot não aproveitou a oportunidade de mudar a posição dos comandos elétricos de vidros dianteiros, que permanecem no console central, mas ainda está melhor que a Citroën: no carro desta, os botões à frente da alavanca de câmbio requerem movimento do corpo para os acionar, o que incomoda ainda mais por ter sido abolida em 2006 a função um-toque (disponível apenas no vidro do motorista do 207). Os controles do Sandero ficam no painel, posição razoável, mas ele é o único sem temporizador. Em comum aos três, a montagem infeliz dos botões dos vidros traseiros na parte posterior do console, pouco acessível tanto ao motorista quanto a quem viaja atrás.

O Sandero traz rádio/toca-CDs com leitura de MP3 e qualidade de áudio mediana, comparável à dos concorrentes. O do C3 não lê MP3, ponto a ser revisto, mas vem com comandos próximos ao volante como o do Renault. O Peugeot não traz aparelho de áudio de fábrica, embora a unidade em teste tivesse um. Continua

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