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Comparativo Completo
Clique para ampliar a imagem O rodar da Picasso é confortável e sua estabilidade correta, mesmo com pneus mais estreitos e maior altura de carroceria Clique para ampliar a imagem
Clique para ampliar a imagem A 307 poderia ser mais macia sem perder muito em comportamento dinâmico; seu câmbio encurtado para o Brasil a deixou algo ruidosa em velocidades de viagem Clique para ampliar a imagem
Comentário técnico
> A Citroën adotou recentemente na Picasso o motor de 138 cv, 20 a mais que o usado desde seu lançamento. A diferença está apenas no mapeamento da central eletrônica de injeção e ignição, antes programado para conter o crescimento de potência em alta rotação — por questões de segurança, de acordo com o fabricante, dada a maior altura da minivan em relação a um Xsara ou C5. De repente, a preocupação com esse fator cessou, permitindo a liberação dos cavalos... Estranho.

> O pico de potência passou de 5.500 para 6.000 rpm, enquanto o torque máximo subiu de 19,8 para 20 m.kgf, mantendo-se o regime de 4.100 rpm. Há também nova gestão de itens periféricos, como hélice de refrigeração, alternador e compressor de ar-condicionado, que a Citroën divulga ter permitido uma redução de consumo de 10%, em média, e até 15% na cidade, valores muito otimistas a nosso ver.

> Pouco antes, em novembro, a Citroën introduzira comando hidráulico de embreagem, atendendo a reclamações de que o antigo cabo tornava o acionamento muito pesado (embora não tenhamos notado isso na avaliação de 2001), e acelerador eletrônico, que também evita a transmissão de vibrações e torna as respostas ao comando do pé direito mais suaves.

> O motor de ambas tem diâmetro dos cilindros de 85 mm e curso dos pistões de 88 mm, portanto diferentes do 2,0-litros usado até há alguns anos pela PSA (86 x 86 mm). O curso maior favorece o torque em baixa rotação, que é realmente bom nesse propulsor, mas levou a uma relação r/l inadequada: 0,316, algo acima do limite convencionado de 0,3. Isso explica a relativa aspereza em altos giros, que se nota mais na 307 pelas relações das marchas superiores mais curtas — a
nosso ver, uma "adaptação ao gosto brasileiro" totalmente desnecessária.

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A Picasso é fiel à tradição francesa com a suspensão traseira independente por braços arrastados, barra de torção como elemento elástico e buchas que provocam efeito autodirecional (a roda externa à curva assume leve convergência, apontando para dentro, o que ajuda a evitar o sobresterço). É o conceito que a Peugeot usava em sua geração anterior de carros médio-pequenos (306), tendo preferido passar ao eixo de torção com molas helicoidais na linha 307. Soa como retrocesso, já que a independência entre as rodas é sempre benéfica ao comportamento e o conceito francês poupa espaço, evitando a intrusão das torres de suspensão no compartimento de bagagem.

> A SW traz assistência adicional de frenagem, por sistema mecânico e não eletrônico. A partir de determinado esforço no pedal, um segundo par de pistões no cilindro-mestre, concêntricos aos principais e menores em diâmetro, passa a prevalecer, o que amplia a força hidráulica produzida. Em relação ao sistema eletrônico, sofisticado e caro que marcas como a Mercedes-Benz utilizam, as desvantagens são um pequeno aumento do curso do pedal e a dificuldade em manter a assistência caso o motorista alivie a força aplicada, como muitas vezes ocorre ao sentir a pulsação provocada pelo sistema antitravamento (ABS).

> Os pneus da 307, da marca alemã Continental, são assimétricos e impressionam pelo desenho elaborado, com um largo sulco para drenagem de água e espaçamento diferente nos gomos internos e externos. Mas seu rodar pareceu mais áspero e ruidoso que o habitual, considerando a medida conservadora (195/65 R 15 H).

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