Corsa: criativo na grafia dos
instrumentos e simples no restante, sem computador de bordo ou sistema
de áudio
C3: o interessante painel
digital e comandos de áudio bem à mão, mas faltam pontos de
diferenciação do XTR
Palio: instrumentos iguais
aos do HLX, exceto pela iluminação, e poucos elementos para distinguir o
1.8R |
XTR e 1.8R trazem alerta para excesso de velocidade, aviso individual de porta mal fechada e computador de bordo,
mas o do primeiro insiste em informar consumo no padrão europeu de
litros/100 km. Corsa e Palio têm indicador de temperatura externa. O C3
perdeu a função um-toque do
controle elétrico dos vidros dianteiros, que faz muita falta por causa
da posição infeliz dos botões, à frente da alavanca de câmbio — o
desconforto de acioná-los agora dura bem mais tempo. Essa função e o
sensor antiesmagamento permanecem no
Corsa (que tem comando elétrico só na frente) e no Palio, cujos botões
estão nas portas. O C3 adota uma posição incômoda mesmo para os
traseiros, no console central.
Temporizador desses comandos,
travamento das portas ao rodar, alarme, controle remoto da trava e
espelhos em ambos os pára-sóis estão nos três carros, mas só no Corsa os
vidros fecham-se ao ser trancado por fora. XTR e 1.8R vêm com bons
sistemas de áudio. O primeiro traz comandos na alavanca à direita da coluna de
direção e pode receber, em concessionária, disqueteira para cinco discos
sob o aparelho principal; o outro é exclusivo na leitura de MP3. O SS
não oferece som de fábrica, o que é estranho. E o espaço para objetos é
apenas mediano nos três.
Detalhes exclusivos do C3 são as mesinhas "de avião" atrás dos encostos
dianteiros, maçanetas internas cromadas (mais fáceis de ver à noite) e
acendedor de cigarros além da tomada de 12 volts — nos demais há apenas
esta última. O carro avaliado trazia ainda
sensor de estacionamento traseiro e um espelho convexo acima do
retrovisor interno, ideal para ver as crianças no banco de trás (ambos
são acessórios à parte). O Palio é o único com lingüeta para facilitar a liberação
da trava de segurança do capô e alguns opcionais de luxo: retrovisor
interno fotocrômico e acionamento
automático de faróis e limpador de pára-brisa. O Corsa não tem outros
itens de destaque. Faltam ao C3 faixa degradê no pára-brisa e abertura
centralizada da portinhola do tanque, e ao Corsa, temporizador da luz
interna. Ao Palio cabe a crítica habitual aos difusores de ar muito
baixos, que tornam difícil uma refrigeração interna homogênea.
Os três carros são adequados a quatro adultos e uma criança, pela
reduzida largura interna, sendo o Corsa um pouco mais espaçoso em altura
no banco traseiro. O assento deste é muito curto no C3, que também
oferece a pior acomodação para as pernas e tem o encosto traseiro mais
vertical. Ao menos o quinto ocupante tem relativo conforto em qualquer
um deles.
É do XTR o maior compartimento de bagagem, 305 litros, seguido de perto
pelo 1.8R (290 l) e depois pelo SS (260 l). Já o desnível entre a base
de acesso e o piso é mais sensível no C3, o que incomoda ao colocar e
retirar volumes grandes ou pesados. Todos trazem o estepe por dentro,
sob o assoalho, com roda de aço e pneu igual aos demais. Dos três bancos
traseiros, que são bipartidos em 60/40, o Palio é o único com partição
também no assento, o que amplia a versatilidade de uso.
Mecânica,
comportamento
e segurança
Herança de uma associação já desfeita, Corsa e Palio usam o mesmo motor
de 1,8 litro e duas válvulas por cilindro produzido pela GM. Distintas
centrais eletrônicas resultam em pequenas diferenças em potência e
torque, mas ambos estão acima do C3 com seu 1,6-litro de quatro válvulas
por cilindro. Abastecidos com álcool, são 115 cv e 18,6 m.kgf no Fiat,
114 cv e 17,7 m.kgf no Chevrolet e 113 cv e 15,8 m.kgf no Citroën.
Continua
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