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Comparativo Completo

Alguns bons detalhes constam dos dois: rádio/toca-CDs com qualidade de áudio adequada e mostrador separado (inibe o furto), temporizador da luz interna com apagamento gradual, espelho em ambos os pára-sóis, ótimo comutador de farol (de puxar apenas, nunca o acendendo já em facho alto) e indicador gráfico de porta mal fechada (no 206 a luz interna fica piscando, para chamar ainda mais a atenção). Mas falta em ambos a faixa degradê no pára-brisa.

Detalhe moderno e funcional do C3 (à esquerda) é o painel digital, de leitura fácil em
qualquer condição, embora não traga o computador de bordo do 206 Techno

Como em todo carro pequeno, o espaço no banco traseiro é modesto para os ombros de três ocupantes, mas razoável para as pernas e cabeças. Só que ambas as marcas recorrem a um assento curto e baixo, que deixa as coxas mal apoiadas. O passageiro central tem acomodação regular nos dois. O porta-malas do Citroën tem maior capacidade, 305 litros ante 245, e traz o estepe onde a maioria prefere, por dentro (no Peugeot é externo, mais prático para usar com carga, mas de remoção mais difícil). Sua base de acesso é que poderia ser mais baixa. Os dois têm banco traseiro bipartido, assento inclusive, e usam roda de aço no estepe, em vez de alumínio.

Um detalhe de inconveniência sem explicação no C3 é o bocal do tanque de combustível no lado esquerdo, o oposto ao ideal aqui, assim como o terminal de escapamento à direita, mais vulnerável em manobras rentes a calçadas. Parece até se tratar de projeto inglês, japonês ou australiano, mas não é o caso. No 206 ambos estão nos lados corretos.

Clique para ampliar a imagem Além do porta-malas bem mais amplo, o Citroën faz melhor uso da mecânica: tem desempenho semelhante e funcionamento silencioso e isento de vibrações

Mecânica, comportamento e segurança   O motor é talvez o único elemento mecânico compartilhado entre os "primos". O 1,6-litro de 16 válvulas da PSA é dos melhores dessa cilindrada já vistos por aqui, com construção moderna (bloco de alumínio), ótima relação r/l (saiba mais) e potência específica das maiores, 69,3 cv/l. Os 110 cv são os mesmos em ambos, mas não o torque máximo, que atinge 15,6 m.kgf no Citroën e 15 m.kgf no Peugeot (sempre a 4.000 rpm) em função das diferentes taxas de compressão.

Como os carros diferem em todo o resto, da aerodinâmica às relações de marcha, os resultados não são iguais. A primeira surpresa é como o C3 absorve ruídos e vibrações, sendo dirigido a 140 km/h ou mais com agradável silêncio — mesmo sem contar com revestimento fonoabsorvente sob o capô, que o "primo" possui. Um belo trabalho do fabricante.

O projeto mais antigo do Peugeot evidencia-se pelo nível de ruído, embora o motor seja o mesmo; seu estepe fica sob o veículo, o que poucos apreciam Clique para ampliar a imagem

No 206 há uma incômoda ressonância abaixo de 1.500 rpm, com acelerador mais aberto (sobretudo em marchas superiores), e uma aspereza na faixa de 3.500 a 4.000 rpm, justamente a que corresponde a 120-130 km/h, velocidade usual em viagens. Já em rotação superior o motor "limpa", o que mostra que as vibrações não se devem à relação r/l — se o fossem, seriam acentuadas em alto giro. Continua

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