A caixa Tiptronic do GTI, de cinco marchas, foi a primeira a oferecer possibilidade de mudanças manuais seqüenciais (no Porsche 911 de 1990) e ainda hoje agrada pelo bom funcionamento. Além das trocas suaves e boas respostas ao acelerador, permite retomar velocidade em marcha longa (como a 60 km/h em quinta) com acelerador praticamente todo pressionado, regra para menor consumo (saiba mais). Fica restando um finalzinho de curso, fácil de sentir, onde ocorre o kick-down, a redução de marcha provocada pelo acelerador.

O Abarth italiano começou a ser vendido em 2001 apenas com o brilhante câmbio manual automatizado Selespeed (saiba mais), o mesmo do Alfa Romeo 147, tendo o convencional sido lançado um ano depois. É pena que no Brasil a Fiat tenha optado pelo manual que, embora funcione a contento e tenha até marcha à ré sincronizada, deixa a desejar o apelo de exclusividade que se restringiu ao Alfa -- talvez uma medida intencional.

Os dois carros estão entre os nacionais mais bem-equipados em auxílios ao motorista: freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), controles de tração e de estabilidade (ESP), todos de série, podendo os dois últimos serem desligados para uma condução mais vigorosa.

Seguindo receitas iguais de suspensão (McPherson à frente, eixo de torção atrás) e usando a mesma medida de pneus (205/55-16, que são novidade no Golf 2003 e, no Stilo, podem dar lugar aos opcionais 215/50-17), ambos são bastante estáveis, mas é fácil perceber os diferentes propósitos: o GTI, mais baixo e firme, parece mais "na mão" que o Abarth, para o que também concorre o peso ideal do volante. Continua