Best Cars Web Site - Comparativo completo - Vectra vs. Focus vs. Civic vs. Mégane vs. Corolla

Vectra: a adaptação sobre o desenho do novo Astra europeu, tão recente, já não parece muito moderna

Focus: substituído na Europa, não aparenta seus oito anos de idade, mas está longe de impressionar

Civic: o estilo mais ousado, com traços algo futuristas e tipicamente japoneses, tem agradado à maioria

Mégane: lançamento com linhas atuais e elegantes, embora já tenha nascido defasado diante do francês

Corolla: desenho equilibrado e ainda atraente para alguns, mas que perdeu brilho com novos concorrentes

Concepção e estilo

Estamos diante de carros atuais em projeto, mas com diferentes origens. O mais novo em termos mundiais é o Civic, cuja oitava geração (a primeira é de 1972) foi lançada no fim do ano passado no Japão e nos Estados Unidos — a nossa é igual a esta, com linhas diferentes da japonesa. O segundo Mégane já acusa certa idade: apareceu na França em 2002 e levou tempo anormal para chegar aqui, tanto que o de lá já teve atualizações. É só um ano mais recente, na Europa, que a nona geração do Corolla, trazida para cá em apenas seis meses.

O Vectra nacional, como se sabe, rompeu os laços com o alemão, do qual era cópia fiel nas duas primeiras gerações, de 1988 e 1995 na Europa (1993 e 1996 aqui). A terceira é na verdade uma derivação do atual Astra de lá, com o maior entreeixos da Zafira (e da perua Astra) e uma traseira desenhada pela GM brasileira. A plataforma, praticamente igual no velho e no novo Astra, foi aproveitada em um carro que busca um segmento superior. Quanto ao Focus, foi lançado na Alemanha em 1998 e aqui dois anos depois. Em 2004 era apresentada lá sua segunda geração, ainda sem previsão de chegar ao Brasil.

Ousadia é a marca do Civic, com linhas fortes que fazem envelhecer os demais. Tem o capô mais curto (a ponto de não se verem as torres da suspensão dianteira com ele aberto), o pára-brisa mais inclinado e a maior originalidade nos detalhes. Temos notado uma reação das mais positivas a seu desenho, mesmo entre um público de faixa etária superior. Mesmo assim, alguns pontos poderiam ser mais harmoniosos, como o pára-choque dianteiro anguloso demais.

O Mégane é sem dúvida bonito e atual, dentro da tendência dos Renaults de muitas curvas e arestas, como nos faróis e lanternas. Mas seu impacto seria bem maior se não tivesse chegado ao mesmo tempo que o Civic. Do Vectra pode-se dizer isso com ainda mais ênfase, pois a GM foi um tanto conservadora nas linhas, parecendo um carro que não chocaria se lançado na década passada. Nem de longe consegue repetir o destaque obtido pela geração anterior há 10 anos, em plena euforia pelos importados. Sobre o Corolla, tem um estilo comportado e elegante que parecia nunca envelhecer, até que... você sabe. E o Focus sedã, que nunca fez unanimidade, apesar das formas arrojadas para 1998 já se ressente da falta de atualizações.

É também o Civic o melhor em aerodinâmica, com Cx 0,28, contra 0,30 do Vectra e do Corolla e 0,32 do Focus. O do Mégane, não informado, pode ser estimado neste último valor. A multiplicação pela área frontal não muda a ordem, pois ela é maior justamente no carro da Renault e equivalente nos demais.

Conforto e conveniência

É inegável o ar de modernidade, quase futurismo do interior do Civic. Além do desenho original de itens como volante (em que o nosso felizmente difere do sedã americano) e alavanca do freio de estacionamento (esta criativa também no Mégane, em forma de duas manetes de aceleração de avião), o destaque é o painel em dois níveis. Na área habitual fica só um conta-giros analógico; acima e mais à frente, visível por cima do volante, um conjunto digital de velocímetro e marcadores de combustível e temperatura. Tudo com iluminação permanente e perfeita, com uso de branco e azul que geram o contraste ideal. É certamente um dos maiores charmes do carro. Continua