
C3: estilo irreverente, com formas
curvas e inspiração no clássico 2CV

Fit: grandes faróis tentam alegrar o
desenho típico de monovolume

Polo: a sobriedade de um VW,
a não ser pelos quatro faróis ovalados

Clio: a "cara de bravo" melhorou um
desenho que é o mais antigo


A surpresa: embora não pareça, por ser um monovolume, o Fit é mais largo
e mais baixo que o C3 |
Concepção e
estilo
Nossos dois pequenos mais novos são também
os mais modernos, ao lado do Polo: os três foram lançados em 2001 no
mercado internacional, com carroceria e plataforma inéditas. O Clio é
mais antigo (1998) e recebeu apenas uma reestilização frontal, em 2001
na Europa. O C3 é o sucessor do Saxo, e o Fit, do Logo, um dois-volumes.
O Polo corresponde à quinta geração do modelo lançado em 1975 (leia
história), enquanto o Clio atual é o segundo, dando seqüência à
geração de 1990.
O Citroën tem o mérito de ser criativo: a inspiração no clássico
2CV e uma boa dose de originalidade
resultaram em um dois-volumes de linhas irreverentes, com destaque para
a linha curva que vai da base do pára-brisa (o mais curvo que já vimos)
até a traseira, com suas lanternas triangulares. Os faróis é que
poderiam ser menos comportados para se harmonizar com o conjunto — e, em
nossa opinião, a grade é grande demais. Ambos os elementos foram
modificados na versão Pluriel, de modo
bem-sucedido.
O Honda segue a imposição do formato monovolume, sendo original apenas
nos faróis, que parecem grandes olhos. Não é exatamente bonito, mas tem
seu charme. Um ponto positivo é a área envidraçada, bem proporcionada,
que evita a sensação de janelas grandes demais. Por outro lado, as rodas
de 14 pol parecem pequenas, tamanha a amplitude da carroceria.
Os outros dois são bem conhecidos. O Clio ficou bem com a nova frente,
integrando-se melhor ao estilo atual da marca (antes só se parecia com o
Kangoo) e ganhando certa esportividade. Não apreciamos o restante da
carroceria, mas há admiradores. Finalmente, o Polo parece-se demais com
os outros Volkswagens, o que para alguns não é um demérito, mas tem a
virtude de agradar à grande maioria. E seus quatro faróis são um
interessante elemento de identificação.
O
C3 tem o melhor coeficiente aerodinâmico
(Cx), 0,31, ante 0,32 do Fit e do Polo e 0,35 do Clio. Mas os dois últimos
são mais baixos e por isso têm menor área frontal, o que provavelmente
traz vantagem ao VW no coeficiente final.
Conforto e conveniência
É comum que carros como
estes — até pelo que custam — recebam o rótulo de "compactos premium".
No entanto, nenhum deles cumpre bem este papel, o que logo se percebe ao
analisar os interiores: a qualidade dos materiais pouco foge ao padrão
de simplicidade que vem tomando conta da produção nacional.
Continua
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