


Dois deles têm maior
cilindrada, 1,8 ante 1,6 litro, e motor flexível, mas o confronto ainda
assim é equilibrado em porte, proposta, potência e preço |
Poderíamos falar em carros para o Terceiro Mundo, não fosse o teor
pejorativo que essa expressão carrega. Pois é a pura verdade: modelos
pequenos de três volumes são raros nos países desenvolvidos, mas muito
comuns naqueles ditos "em desenvolvimento". Da vizinha Argentina aos
distantes Irã, Turquia, Índia e China, são esses os mercados almejados
pelos fabricantes que aplicam um porta-malas saliente a seus hatchbacks
compactos.
No caso brasileiro, existe uma explicação para seu sucesso. Foi-se o
tempo em que um médio-grande – o Monza, entre 1984 e 1986 – conseguia
ser líder do mercado. O brasileiro empobreceu, os carros estão mais
caros (mesmo que alguns tentem nos convencer do contrário, apoiados na
discutível conversão dos preços para dólares) e muita gente teve de
descer de categoria, isto é, optar por um carro de menor porte no
momento da troca.
É nesse contexto que entram os sedãs pequenos com certos luxos. Um
segmento que contava com modestas opções há 20 anos – Chevette, Voyage,
Oggi – tem hoje modelos modernos, com motores de até 2,0 litros e
opcionais antes reservados a segmentos superiores, como bancos
revestidos de couro, limpador de pára-brisa automático e rádio com
MP3. Não são baratos, é verdade, mas
oferecem conforto e desempenho próximos aos de automóveis maiores.
A recente reformulação do Siena levou o BCWS a compará-lo aos
dois mais recentes adversários, Corsa e Polo Sedan. O segmento
completa-se com o Clio e com o Fiesta Sedan, este em vias de
substituição pela nova geração produzida em Camaçari, BA. Como o Polo
2,0 de 116 cv não estava disponível para avaliação, ficamos com a versão
1,6, algo inferior em potência aos demais: 101 cv, contra 109 do Corsa e
110 do Siena – estes rodando com álcool, pois são
flexíveis em combustível.
Atendidos os critérios de porte, potência e proposta, vejamos como fica
o último dos "quatro Ps" que determinam nossos comparativos – o preço.
O Siena é claramente mais barato (R$ 32,5 mil) no modelo básico, mas vem
"depenado", sem ar-condicionado e vários outros itens que nos outros são
de série. Os mais equipados Corsa e Polo custam quase o mesmo, perto de
R$ 40 mil. Com todos os opcionais, os três superam R$ 45 mil e o Fiat
passa dos R$ 55 mil, graças à oferta de itens de que os demais não
dispõem (veja relação de equipamentos e
opcionais). Continua
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