Uma olhada menos atenta
pelas fichas técnicas poderia
levar à impressão de que a 307 SW, com maiores cilindrada,
potência e torque, seja superior em desempenho. Só que há outros
fatores a considerar, como peso e aerodinâmica.
A simulação de desempenho desenvolvida para o BCWS pelo consultor
Iran Cartaxo apontou vantagem para a Fielder em velocidade
máxima (por 7 km/h) e aceleração (de 0 a 100 em 0,3 segundo a
menos), graças ao melhor Cx
(0,31 contra 0,33), menor área frontal e peso inferior em
expressivos 170 kg. A vantagem aerodinâmica fica evidente nos
4 cv a menos que ela precisa para manter 120 km/h.
A 307 SW, contudo, mostrou melhores retomadas, como 80 a 120
km/h em quinta em 1,4 s a menos, reflexo do maior torque em
baixa rotação (as relações finais nessa marcha são quase |
iguais nas duas), mesmo
sendo mais pesada. O cálculo de relações de ambas para
velocidade final, aliás, é típico de carros esportivos, com
excesso de 200 a 300 rpm sobre o regime de potência máxima (6.000 rpm
nas duas) na última marcha. Uma "sobra" que se reflete
também em alta rotação nas velocidades usuais de viagem.
Não há dúvida que um alongamento de 5% da relação final da
quinta marcha as deixaria mais agradáveis nesse aspecto, além de
"casar" melhor os regimes. E mais: como na prática 200
km/h são mera curiosidade em um país como o nosso, ambos os
fabricantes poderiam alongar em cerca de 10% os câmbios das
peruas, para privilegiar o consumo e o nível de ruído.
Por falar em economia, a Toyota foi pouco melhor tanto na cidade
quanto na estrada, mas nenhuma atingiu índices realmente bons
neste quesito. |