


O ambiente diante do
motorista é bem mais agradável na 206 SW, sobretudo os instrumentos bem
legíveis, e seu vidro traseiro tem abertura independente da tampa


O interior da Parati
evidencia o empobrecimento na "Geração 4", com plásticos de aspecto
simples, portas sem tecido e o comprimido painel que veio do Fox |
Ambas deixam a desejar na posição de dirigir: a Peugeot tem o volante
algo distante e a VW traz tudo descentralizado, com os pedais e o
volante (um bom quatro-raios) mais à direita que o banco. A Parati 2006
tomou emprestado do Fox um de seus pontos negativos: o diminuto quadro
de instrumentos, que deixa de fora o termômetro do motor e usa um
minúsculo conta-giros, com dígitos tão próximos que serve apenas para
uma noção do regime do motor. Fica longe do funcional conjunto da 206 SW,
com mostradores grandes, fundo
eletroluminescente e bela iluminação alaranjada (branca na
concorrente). A Peugeot vem ainda com um computador de bordo, que
deveria indicar consumo em km/l e não l/100 km.
A "depenação" da Parati foi extensa: em relação às anteriores, perdeu o
comando a distância para travamento das portas, controle elétrico dos
vidros traseiros, função um-toque e
sensor antiesmagamento para os
controles dos dianteiros (o temporizador
permanece), seu fechamento ao travar o veículo por fora, alarme, comando
interno da tampa traseira (requer uso da chave, um inconveniente),
alerta para excesso de velocidade, luzes de leitura, maçanetas cromadas,
acendedor de cigarros, travamento automático das portas ao rodar, faixa
degradê no pára-brisa e extensão do console central. Acabou? Não, há
também itens de segurança, a ser mencionados adiante.
Seus únicos requintes, agora, talvez sejam o rádio/toca-CDs com comandos
no volante, mostrador separado — o que a 206 SW também tem —, além da
exclusiva função MP3, e os
pára-sóis com espelhos iluminados. E ganhou difusores de ar bastante
práticos. De resto, a Peugeot traz várias vantagens em detalhes
internos: controle automático de temperatura do ar-condicionado, comando
elétrico dos vidros traseiros e função um-toque para o do motorista,
indicação de porta mal fechada, travamento central ao rodar, acionamento
automático de faróis e limpador de pára-brisa, maçanetas em tom de
alumínio, ajuste de altura do volante, alarme, indicação da temperatura
externa. Pena que sua buzina seja tão difícil de acionar e que os botões
de vidros fiquem no console — em posição muito ruim no caso dos
traseiros.
Equivalentes em espaço na frente, elas diferem atrás: o assento da VW é
muito alto, o que prejudica o conforto para passageiros de maior
estatura. São similares em espaço lateral e para pernas, apenas
razoável. Mas a 206 SW decepciona em um item de grande relevância na
categoria: capacidade de bagagem. Cabem apenas 313 litros até a
cobertura, pouco mais que em um hatch como o Citroën C3 e o Fiesta, o
que é vergonhoso. Na Parati são 437 litros: se a deixa para trás da
líder Palio Weekend (460), já está em melhor situação.
Espaço à parte, a Peugeot mostra a boa (e exclusiva na classe) solução
do vidro traseiro com abertura independente da tampa, ideal para acesso
à bagagem quando estacionada junto a uma parede ou outro veículo. Traz
ainda rede para retenção de objetos, mas o estepe em posição externa,
abaixo da carroceria, não tem muitos apreciadores. Como o da Parati (que
o traz por dentro, sob o assoalho), ele usa roda de aço e pneu igual aos
demais. E nas duas o banco traseiro é dividido em 60/40.
Continua
|